sábado, 3 de junho de 2006

Encontro de Reflexão QISA "Quadros Interactivos na Sala de Aula" | Participe!


A
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iar

1 comentário:

  1. A oportunidade de reunião para debater a utilização de quadros interactivos em contexto educativo é bastante bem-vinda.
    Tendo em atenção que o programa que se apresenta é provisório, atrevo-me a sugerir algumas linhas para o “Encontro de Reflexão”.

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    A emergência de novos meios tecnológicos num contexto educativo deverá conduzir a uma modificação nos métodos de ensino. Se as tecnologias mudam (a evolução do quadro preto para o quadro interactivo é apenas um exemplo), os métodos também devem evoluir.
    Os métodos estandardizados, homogéneos, tradicionais, poderão ser adaptados? Ou terá que existir uma inovação tal, que as metodologias terão de ser totalmente novos?
    É certo que as exigências variam em função do nível de ensino que se lecciona, do mesmo modo que os processos de transmissão da aprendizagem. Assim, qual é o papel do professor nos diversos contextos? Muito em voga, a perspectiva construtivista coloca o professor como um facilitador da aprendizagem, alguém que deve orientar o aluno num determinado percurso, de modo a que ele construa o seu próprio saber. O uso dos quadros interactivos poderá tender a mudar os papéis de professor e alunos: o professor passa de um transmissor de conhecimento para um desencadeador de aprendizagem, disponibilizando meios, recursos para que aconteça. Numa aula em que se utilize o quadro interactivo, esta perspectiva é, em minha opinião, aquela que melhor se adequa, devido à interacção que este instrumento proporciona. Quais as melhores estratégias de interacção numa aula com quadro interactivo? É preciso notar, que, encontrar boas estratégias de interacção em turmas com elevado número de alunos é algo que não é fácil, pois a frequência com que cada aluno poderá trabalhar com o quadro não é elevada, o que poderá causar frustração a alguns alunos. Além disso, parece-me que, à medida que se avança nos níveis escolares, maior será a dificuldade em motivar os discentes com actividades interactivas, da mesma forma que é mais árduo conceber actividades que os motivem.
    Outro aspecto relativo a esta tecnologia é a própria tecnologia. De facto, nos dias que correm, muitos dos nossos alunos já têm grandes conhecimentos tecnológicos, pois estão habituados a estarem ligados à Internet, a participarem em salas de conversa virtuais, a jogarem no computador. Isto ainda não é generalizado, mas caminhamos a passos largos para sermos ultrapassados pelos nossos alunos no que respeita a determinados conhecimentos tecnológicos. O desafio que se nos coloca é: o que fazer para acompanhar as inovações e utilizá-las na nossa actividade de professores? No caso concreto dos quadros interactivos, que vêm acompanhados de aplicações específicas, o que poderemos fazer para tirarmos o máximo partido das suas funcionalidades? Será que, sozinhos, conseguiremos rentabilizar totalmente as tecnologias que nos são postas à disposição? A meu ver, tal só será possível com um eficaz trabalho cooperativo, com uma comunidade bem estruturada e homogénea, motivada. Acho que será algo a ter em conta nas planificações e distribuição de serviço para o próximo ano lectivo...

    Penso que o encontro que se programa constituirá, assim, uma oportunidade para não só apresentar as mais-valias desta tecnologia, mas também as limitações que a utilização da mesma poderá causar, e as estratégias que poderão ser adoptadas para ultrapassar essas limitações.

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