quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Avaliação Interna com ACTIVote

Olá caros colegas,

Em primeiro lugar quero felicitar todos aqueles que têm trazido a este blog o relato de experiências e o testemunho do trabalho interessantíssimo que se pode realizar no âmbito dos quadros interactivos ACTIVboard. Sou docente da Escola Secundária de Vale de Cambra e, no passado dia 29 de Março, participei de uma experiência que gostaria de partilhar convosco. A nossa escola está a levar a cabo, a título experimental, um processo de avaliação interna. Durante o primeiro período, os docentes foram convidados a responder à primeira fase do inquérito. No segundo período, a equipa responsável por esse trabalho, com a colaboração do Conselho Executivo, entendeu dever “testar” os quadros interactivos também neste tipo de actividade, propondo-se fazer um ACTIVote com o inquérito. Da intenção à prática foi apenas o tempo de preparar os inquéritos e os equipamentos. Devo dizer que correu extraordinariamente bem. Foram realizadas duas sessões: a primeira demorou cerca de 45 minutos, mas era só para “aquecer”! É que a segunda já só demorou 20 minutos! No final do inquérito, quando questionadas sobre a eficácia desta modalidade de inquérito, por comparação com a que foi utilizada na primeira fase, invariavelmente as respostas apontavam para um muito maior interesse e eficiência. Foi essa também a percepção da equipa que trabalhou no projecto. Após a tarefa de responder às questões, o tratamento dos dados ficou também muito mais facilitado, porque o ACTIVote permite fazer a estatística de cada resposta em tempo útil e exportá-la, por exemplo, para uma folha de cálculo do Excel...

O mais interessante nesta experiência é a consequência que adveio: o coordenador da formação nos quadros interactivos da nossa escola propôs uma sessão de formação a todos os professores para o dia 11 de Abril. Então não é que, depois da sessão de avaliação da escola, os pedidos de inscrição para essa formação cresceram significativamente?!

Experimentem e comprovem que algumas “tecnologias” não são só demagogias... o efeito “camaleão” é uma realidade...

Prof. Cristina Filipe

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Las applicaciones Web 2.0

"Una herramienta para extender el aula?"

Dessine-moi le Web 2.0

Introdução à Web 2.0 - o papel do utilizador

domingo, 26 de novembro de 2006

A WEB: memória colectiva ou lixeira?

Nunca se escreveu tanto como hoje. Nunca se produziram tantos documentos como agora! Na grande teia proliferam milhões e milhões de textos. Imagem, som, vídeo! Novos conceitos, novas visões, novas teorias emergem sobre o presente e o futuro da WEB.

Parece-nos, de acordo com vários investigadores (loucos?), que a WEB tal como a vimos surgir paulatinamente pela mão de Tim Berners-Lee tem os seus dias contados… À medida que foi proliferando o número de utilizadores de computadores e de ligações à Internet, exponencialmente também se multiplicaram as páginas WEB.

Ora, a escrita, de facto, desenvolveu-se fortemente. Alguns, afirmam que a Internet se tornou uma lixeira; outros, porém, defendem que estamos perante um fenómeno que nos lança para uma nova direcção, um novo caminho…

O ‘Blogging’ modificou em profundidade o conceito da WEB. Todos contribuem com ideias; cada um diz o que pensa! E, naturalmente, constroem-se pontos de interesse, temas comuns representados de múltiplas formas, seja pela imagem, pelo texto, pelo vídeo, pelos som…
Procurar informação, boa (ou má!), começa a tornar-se uma tarefa hercúlea que nos faz perder tempo. Mas eis que surgem novas teorias ou tendências ou termos: “consciência artificial”; “criação social em rede”; “inteligência colectiva”; “WEB 2.0″; “WEB 3.0″; “Bookmarking”; “WEB semântica”… para tentar dar resposta a uma necessidade premente de (re)organizar a Internet.

É chegado o tempo de nos organizarmos no caos gerado. Para isso, as TAGS parecem uma solução democraticamente mais clara e mais objectiva para classificar tão abundante informação. Será?!

Entretanto, vamo-nos lobotomizando neste espaço colectivo, onde a simbiose, a dependência ou o vício coexistem! Que TAG se destacará?

"...estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0"


Roberto Carneiro, ex-Ministro da Educação, faz uma curta reflexão sobre a utilização das TIC nas escolas, numa entrevista ao EDUCARE.PT:

**********************************************************
E: Segundo a OCDE, a maioria das escolas portuguesas tem, em média, um computador por cada 10 alunos. Para além disso, quando as direcções das escolas são inquiridas sobre a importância das TIC, continuam a considerar que a falta delas "não é muito prejudicial" no ensino. Considera que existe desinteresse pelas TIC nas escolas portuguesas?
RC: A mera exibição de indicadores de acesso a equipamento informático diz-nos muito pouco sobre o seu uso efectivo. E, sobretudo, fica muito aquém de uma real compreensão do eventual impacto das TIC - que pode ser vasto e relevante - sobre a modificação dos modelos de relacionamento no seio das escolas e sobre a reformulação das práticas pedagógicas e gestionárias. Penso que, com algumas excepções (poucas), as TIC não se entrelaçaram com visões transformadoras do todo escolar e, muito menos, com estratégias de renovação pela base das pirâmides educacionais. Por isso, mais do que "mero desinteresse" o facto desolador é que as TIC têm sido encaradas essencialmente como segmentos isolados da vida curricular e, no demais, como ferramentas muito úteis para descarregar informação e "objectos do conhecimento codificado" na direcção professor-aluno. Para utilizar uma analogia inspirada em metáfora do mundo da nova Internet estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0 em que as TIC sejam o propulsor de comunidades de aprendizagem efectiva e de uma nova ética do esforço e da disciplina de escola susceptível de ultrapassar o laxismo de uma educação sem chama nem dedicação.
Leia a entrevista na íntegra aqui
**********************************************************

A metafóra apresentada sobre o mundo da nova Internet remete para a segunda geração da Internet, a WEB 2.0. Dentro deste conceito, vários são os serviços e as tecnologias em expansão que convergem para uma maior colaboração e interactividade entre os utilizadores.
No meu ponto de vista, faz todo o sentido que os professores conheçam e adoptem, em profundidade, estas tecnologias com os seus alunos.
Assim, proponho que os docentes façam uma pesquisa em torno de ferramentas e conceitos da WEB 2.0, tais como:
  • sindicância (ex. feeds de RSS)
  • agregação ou mashup (Netvibes, etc...)
  • social bookmarking
  • TAGS
  • blogues
  • wikis
  • folksonomia
  • (...)
Para ajudar nesta procura, destaco três sítios: aqui, aqui e aqui

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Uma experiência gratificante… em final de carreira

Caro amigo Pinho,

não tenho palavras para descrever simultâneos e paradoxais sentimentos neste momento: a alegria e a tristeza. Sinto a felicidade de ter conhecido e privado de perto com a pessoa e o profissional que é o Manuel Pinho. Sinto a mágoa de ver o afastamento daquele que luta e se mantém actualizado; daquele que vive para e pelo Ensino; daquele que acarinhou e fomentou o Projecto Interact na escola e na comunidade a que há muito pertence. O meu agradecimento pela mensagem e conselho que nos dá...
Deixo-lhe a minha sincera homenagem com um poema do poeta e amigo Eugénio de Andrade:

Os Amigos

Os amigos amei
despido de ternura fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria -
por mais amarga.



Ao cessar funções, por motivo de aposentação, como Professor e Coordenador da EB1 de Praça, Macieira de Cambra, quero agradecer ao colega [José Paulo Santoas] toda a disponibilidade e empenho que demonstrou junto de todo o corpo docente desta Escola para que o Projecto Interact fosse uma realidade e um grade factor de sucesso escolar na nossa comunidade.
Brevemente serei substituído e, para que o Projecto não esmoreça (o que seria uma imensa perda e uma imensa pena), peço que apoiem e incentivem, até ao limite, o meu sucessor ou sucessora. É que acredito que uma boa parte do futuro das nossas Escolas está nos Quadros Interactivos.
Com votos dos maiores sucessos em todo o Projecto, despeço-me com um até sempre.
Pinho
Nota: Anexo um pequeno texto que, se o Professor José Paulo entender, poderá publicar no Blog.


Uma experiência gratificante… em final de carreira

Aderi ao Projecto Interact a um ano do fim da minha carreira. A princípio com alguma desconfiança que se desvaneceu logo que comecei a explorar as potencialidades desta maravilhosa ferramenta que são os Quadros Interactivos. Na sala de aula, o entusiasmo cresceu, as aulas começaram a ser diferentes, a concentração dos alunos atingiu picos nunca vistos, o sucesso educativo começou a reforçar-se.

De facto, é um privilégio para um Professor ou Professora dispor, na sua sala de aula, de um Quadro Interactivo. Depois… a preparação das aulas arrasta consigo tal magia que nos esquecemos do relógio, da noite, do descanso. Mas no fim, ao vermos o produto do nosso trabalho e o impacto que causou na turma, tudo esquece.

Por outro lado, sentirmos a alegria dos Encarregados de Educação, quando se referem a entusiásticos comentários dos seus filhos, como, por exemplo: “mamã, amanhã é o dia de eu ir ao quadro”. E essa alegria é de tal forma contagiante que, casos há, em que os pais decidiram investir nestas ferramentas.

Um ano passou, a minha carreira terminou. No entanto, fico com a satisfação de ter realizado uma experiência profissional inovadora e gratificante. Por isso, deixo aqui um apelo a todos os colegas: nunca é tarde para aprender e para investir no futuro.

Manuel Augusto Ferreira de Pinho

domingo, 5 de novembro de 2006

Projecto Novas Tecnologias(tudio)

Para que a Escola possa proporcionar aos seus alunos uma formação que responda afirmativamente às novas solicitações da "Sociedade de Informação", é imperioso, mais do que nunca, apostar numa mudança das práticas pedagógicas. Tal mudança passará necessariamente pelo progressivo envolvimento das ditas “ferramentas digitais”, comummente conhecidas por Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), no processo de ensino/aprendizagem.
Atenta ao presente mas com os olhos colocados bem no futuro, a Escola E. B. 2, 3 de Vale de Cambra tem, de alguns anos a esta parte, investido de forma consciente e decidida na candidatura a projectos que promovam, junto de alunos e professores, o gosto pela escrita, leitura e pesquisa digital. No presente ano lectivo, como não poderia deixar de ser, a aposta do Projecto Educativo do Agrupamento Vertical de Escolas do Búzio no digital mantém-se com a implementação do Projecto Novas Tecnologias.
Uma das vertentes deste projecto é a formação de alunos utilizando os computadores portáteis (catorze ao todo), Internet sem fios e Software específico para os Quadros Brancos Interactivos ACTIVboard. Assim, a escola disponibiliza três tempos lectivos semanais (segundas, terças e quintas-feiras, das 12.00 às 12.45 horas) para que os alunos, sob a orientação de um professor, possam:
· Desenvolver competências básicas de informática integrando as TIC na sua vida escolar;
· Produzir conteúdos educativos interdisciplinares, normalmente em ACTIVstudio Professional Edition, que possam ser rentabilizados, numa nova dinamização pedagógica;
· Desenvolver a capacidade de aprender de forma autónoma, utilizando os materiais didácticos disponíveis numa plataforma de aprendizagem on-line e/ou no Portal do Agrupamento;
· Desenvolver a competência de pesquisa, organização e reutilização da informação disponibilizada na Internet;
· Desenvolver um espírito de partilha e de comunidade em ambientes virtuais.
Deste modo, ao associar a tecnologia portátil à tecnologia ACTIV da Promethean, a escola promove conscientemente a autonomia na aprendizagem, pois o aluno não só aprende a fazer, apropriando-se do “know-how” proporcionado pelas novas ferramentas tecnológicas, como também constrói o seu próprio saber…
Mário Silva
PQND da E. B. 2, 3 de Vale de Cambra