segunda-feira, 3 de setembro de 2007

The Interact Project by Paul Kinney

Throughout my time spent as an English Language Assistant, my first experience of working with the Interactive Boards arose when I arrived at ESA [Secondary School at Arouca] in Portugal. During my induction period, I would often be invited to attend lessons with teachers only to notice that they arrived at the classroom with little more than the class register and head straight for the computer. A simple log-on name and password, and five seconds later their entire lesson appeared, projected in front of the class.

I must admit that though this was my first real experience with the interactive white board, I was intrigued. Previously, ICT in the classroom had consisted of taking my own lap-top along with me and crowding up to 10 students around its screen – hardly inspiring. I found that the teachers had placed practically their entire lesson up there on the board from listening comprehensions to grammar exercises with the project living up to its name. I had often found, whilst teaching English as a foreign language, that group activities were quite difficult to realise. Splitting a large group into several smaller ones and providing them with a series of handouts was the strategy that I had previously followed for group work. The only problem with this was that the group members tended to break off individually hogging the materials given out. Thus, with the material and activity being commonly shared, the students’ attention tends to be more focused in the same direction. For example, a classmate that is responding to a listening exercise on the board immediately becomes the focus of the entire class. In this way, the students are forced out of an individualistic world where their attention is solely focused on their own textbook and become more actively involved in each other’s learning with the pupils often correcting each other’s mistakes.

As a teacher, it immediately becomes easier possible to identify patterns of difficulty that students have as they air their disagreements as to the solution of the exercise in front of each other. Such instant feedback allows areas of difficulty to be corrected more rapidly, rather than having to rely on simply marking individual exercises.

I would not argue that the interactive board should be allowed to completely sweep the traditional textbook approach to one side, since students still need to be allowed to develop their skills individually. However, that said the primary aim of learning a language is interaction and the use of the board certainly facilitates this. It allows the teacher to transform a class activity into a group activity in which the teacher is constantly able to retain the focus of each group member, preventing them from slipping back individualistic learning attitudes when the teacher’s back is turned.

Clearly the students have a great deal of enthusiasm for anything new – particularly in the ICT field – and it is subsequently easier to motivate their interest. Bearing this in mind, it is therefore important that, over the coming years, the interactive board does not simply come to be a textbook at the front of the classroom. From what I have seen, the key to success of this depends on the board not being the unique domain of the teacher whose class lesson it is. It is only by letting the students interact with the board that the students interact with each other. Clearly the role of the teacher is the same as it has always been – to guide the class in these activities – but with interactive activities helping to focus the class more into a cohesive unit, the students can also guide each other ‘s learning as they learn from each other. It is this which has to be one of the greatest advantages of the interactive board: finally permitting more interaction between the learners themselves.

Paul Kinney
Comenius Language Assistant at E.S.A. (Escola Secundária de Arouca)
June 2007

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Tradução:

Durante o meu tempo passado como Assistente de Língua Inglesa, a minha primeira experiência de trabalho com os Quadros Interactivos surgiu quando cheguei ao ESA [Escola Secundária de Arouca], em Portugal. Durante o meu período de adaptação, fui muitas vezes convidado a assistir a aulas para reparar que eles chegavam à sala de aula com pouco mais que o livro de ponto e que dirigiam imediatamente para o computador. Login e a palavra-passe e, cinco segundos mais tarde, toda a aula aparecia projectada para a turma.

Tenho de admitir que, embora esta fosse a minha primeira experiência real com o Quadro Branco Interactivo [QBI], eu estava intrigado. Anteriormente, as TIC na minha sala de aula consistiam em levar o meu computador portátil e juntar 10 alunos à volta dele - muito pouco inspirador. Descobri que os professores têm agora a sua aula praticamente toda no quadro, que vão desde exercícios de ouvir e compreender até exercícios de gramática. Muitas vezes, sentia, enquanto professor de Inglês como língua estrangeira, que as actividades de grupo eram bastante difíceis de realizar. A estratégia que eu utilizava quando pretendia que a turma realizasse um trabalho de grupo consistia em dividi-la em vários pequenos grupos e fornecer-lhes uma série de fichas de trabalho. O único problema era que os elementos do grupo tinham tendência a realizar individualmente as tarefas. Assim, com as actividades a serem partilhadas por todos, os alunos estão todos concentrados no mesmo. Por exemplo, um colega que esteja a realizar um exercício de audição no quadro torna-se o centro das atenções de toda a turma. Desta forma, o aluno é forçado a sair de um mundo individual onde a sua atenção está apenas centrada no seu manual e envolver-se mais na aprendizagem dos colegas, que muitas vezes se corrigem uns aos outros.

Como professor, torna-se muito mais fácil identificar as dificuldades dos alunos à medida que dizem as suas opiniões quanto à resolução de um exercício em frente uns aos outros. Estes momentos de feedback permitem que as dificuldades gerais sejam mais rapidamente ultrapassadas, em vez de apenas nos guiarmos pelos exercícios individuais de avaliação.

Eu penso que o quadro interactivo não deveria ser totalmente trocado pelo livro de texto tradicional, uma vez que os alunos têm de desenvolver as suas capacidades individualmente. Contudo, diz-se que o primeiro passo para aprender uma língua é a interacção, e é certo que o uso do quadro interactivo facilita. Permite que o professor transforme uma actividade de turma numa actividade de grupo, conseguindo captar constantemente a atenção de cada aluno, evitando que estes se percam noutras actividades, quando a cabeça do professor está virada.

Os alunos demonstram claramente um grande entusiasmo por qualquer coisa nova - principalmente no que diz respeito às TIC - pelo que é muito mais fácil motivá-los. Tendo isto em conta, é portanto importante que, nos próximos anos, o quadro interactivo não se torne no “manual”. Pelo que eu tenho visto, a chave para o sucesso desta técnica exige que o quadro não seja apenas utilizado pelo professor. É apenas permitindo que os alunos interajam com o quadro que é possível que interajam entre eles. O papel do professor continua a ser o de sempre - guiar a turma nas actividades - mas com actividades interactivas que ajudem a focar a atenção da turma no mesmo, os alunos podem assim ajudar-se mutuamente na aprendizagem. É esta a grande vantagem do quadro interactivo: finalmente há maior interacção e entreajuda entre os alunos.

Tradução realizada por Mariana Pereira


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