O Observatório da Língua Portuguesa (OLP), instituição que pretende acompanhar a projecção da língua portuguesa, fomentando a sua divulgação e dando a conhecer dados estatísticos, é apresentado hoje em Lisboa, disse à Lusa um dos seus promotores. Francisco Nuno Ramos acrescentou que o objectivo é alcançar o estatuto de observador associado junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A apresentação pública será feita numa cerimónia a realizar ao fim da tarde [18.00h], na Fundação Cidade de Lisboa, presidida pelo secretário-executivo da CPLP, Luís Fonseca, durante a qual será lançado o livro 'Da Lusitanidade à Lusofonia', do professor Fernando Cristóvão. [A apresentação do livro será feita por Roberto Carneiro]. Com a apresentação pública do OLP, que mantém há já alguns anos um sítio da Internet, será também divulgado o conselho de administração, que integra Eugénio Anacoreta Correia, Eduarda Boal, Anabela Rita e Francisco Nuno Ramos. "O sítio do OLP tem já uma existência de alguns anos. Neste momento, pretende-se dar-lhe um corpo organizativo e uma nova dinâmica para que a concretização dos seus objectivos", vincou Francisco Nuno Ramos à Lusa. |
Em entrevista à Lusa, Fernando Cristóvão afirmou que a maior desgraça da língua portuguesa é ter mais do que uma ortografia. "Fazemos parte de uma comunidade em que tudo deve ser comum, a começar pela língua. Só que nenhuma língua tem duas ortografias e só a nossa tem essa desgraça", sustentou Fernando Cristóvão, professor jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa. Na obra que será lançada nesta terça, pela editora Almedina, Fernando Cristóvão reflete sobre o ensino, a difusão e o patrimônio da língua portuguesa, apresentando ensaios e conferências proferidas em Lisboa, Recife, Paris, Mérida (Espanha), Japão, China e Índia, entre 1983 e 2007. "É também uma reflexão acerca da nação portuguesa, da nacionalidade, da língua portuguesa e da expansão da língua portuguesa", destacou. Fernando Cristóvão, que presidiu o antigo Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, antecessor do Instituto Camões, defende que a língua "não é patrimônio de Portugal". "Ela pertence a todos os lusófonos. Nós, os portugueses, não somos donos da língua, somos condôminos, com mais sete [países], de uma língua que é comum, embora respeitando as variedades", acrescentou. Para Fernando Cristóvão "as variedades da língua portuguesa não prejudicam a unidade", a qual, considerou, "é feita num patamar superior". Defensor do acordo ortográfico, Fernando Cristóvão - um dos subscritores do documento no Rio de Janeiro - disse "lamentar muito a ignorância e, às vezes, um bocadinho de má-fé que andou por aí confundindo ortografia com língua". Fonte: UOL Notícias |
terça-feira, 24 de junho de 2008
Observatório da Língua Portuguesa apresentado hoje em Lisboa
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