No 1º ano do Projecto Interact, a preocupação era conhecer esta nova ferramenta tecnológica, ao serviço da Educação, as suas potencialidades e operacionalizar tal desafio. Neste 2º ano, o bichinho da insegurança e dúvida aparece, não pela falta de domínio do Q.B.I. que garante o mínimo de estabilidade, mas pela produção dos flipcharts, por si só, começarem a ser uma rotina, correndo o risco de se tornarem reprodutores e homogeneizadores.
Considero que a produção dos flipcharts deve ser encarada como um desafio didáctico capaz de contribuir para a reinvenção de uma prática pedagógica partilhada, criativa e cooperativa entre os professores.
Os desafios colocados no Fórum [na plataforma moodle Interact Portugal] pelo nosso coordenador, José Paulo, são o sinal evidente da importância que este projecto dá à troca de opiniões, reflexões e experiências.
Este desafio, ao qual estou a responder, (mostre pai), leva-me a partilhar uma reflexão sobre esta dúvida: É a minha prática pedagógica que acende o brilho no olhar dos alunos ou são os flipcharts, (interactivos, coloridos, excelentes!)?
Os professores do Projecto Interact, sensíveis que são aos olhos perdidos, apáticos, distraídos e corpos entre o presente e ausente, dos alunos, questionam o sistema, a pedagogia, a metodologia e iniciam a busca de novidades, de ideias que nos prometam acordar a turma e acender o brilho no olhar.
Nesta inquietude entre permanência e mudança ampliam-se conversas e trocas e, chega-nos o Q.B.I. à sala de aula. Acciona-se no professor o mesmo tipo de sentimento que nos alunos, ou seja, o brilho no olhar, o entusiasmo, o interesse, a curiosidade…o jogo da descoberta. E assim, começa a aventura da produção dos flipcharts.
A chama está acesa, mas é preciso alimentá-la. Esta manutenção passa por uma prática pedagógica inovadora e dialogada, desenvolvida pelo professor, na sala de aula. Mas, temos que estar precavidos para a tentação da alimentação tipo “fast food”, correndo-se o risco de entrar numa cadeia de produção de flipcharts – transmissão – consumo imediato, levando poucos professores a subverter o modelo pedagógico, neste processo de mudança.
Interessa pois que os flipcharts, no fundo, materiais didácticos, se tornem provocadores da ousadia de espantar, investigar e criar, tanto nos professores como nos próprios alunos.
A receita para a manutenção do brilho no olhar está na Arte de Bem Ensinar, onde nós somos exímios mestres. Já agora, incluam o ingrediente: - Q.B.I. (dá-lhe um toque especial!) e, por favor, não guardem o segredo só para vós: partilhem.
Maria Inês Conceição
Professora do 1º Ciclo
Olá Inês!
ResponderEliminarMais uma vez, o teu contributo ao projecto Brilhou...
Realmente a produção de flipcharts é provocadora de olhares atentos, de vontade de participar na aula, de disputa para ir ao quadro, de incentivo para construir saber...
O pior é inovar!
Agora que ja dominamos o programa, às vezes ,pelo menos eu, já sinto uma tristeza quando penso "que vou fazer de novo?"...
É aqui que penso que devia entrar a partilha e a cooperação dos professores do Projecto Interact!É como tu dizes e, penso que bem: "não guardem o segredo só para vós:partilhem"
Sejamos "professores brilhantes"(A.C.)
Obrigada, Inês, pela tua partilha!
Sandra Ferreira
Prof. Projecto Interact
E.S.A.
Olá Inês.
ResponderEliminarÉ com alegria que verifico que continuas a ser um dos mais dedicados, interventivos e reflexivos professores do projecto InterAct. Colocas uma pergunta essencial: "É a minha prática pedagógica que acende o brilho no olhar dos alunos ou são os flipcharts, (interactivos, coloridos, excelentes!)?" Na verdade, realizar excelentes flipcharts não basta! Aliás, o Q.I. pode ser um recurso que apenas dilate o ensino dito "tradicional": a aula centrada no professor, caracterizada pelo método expositivo. O brilho no olhar dos alunos pode desvanecer quando a utilização se tornar comum e repetitiva! Temos de utilizar o Q.I como um inovador e excelente recurso para momentos específicos do processo de ensino-aprendizagem, e, sobretudo, ser um recurso que promova a autonomia, a criatividade, o desejo e partilha de saberes.
Se a utilização do Q.I. proporcionar uma nova visão sobre os espaços e metodologias de ensino-aprendizagem, então estaremos a caminhar no rumo certo, como tu o estás fazendo.
Parabéns, força.
Com amizade, Daniel
Olá
ResponderEliminarEis um assunto que me interessa e sobre o qual procuro informações...
Bem, eu ainda não conheço esta ferramenta de trabalho mas estou a tratar disso. Aliás, procuro informações sobre os quadros interactivos (QI) porque pretende conhecer as suas potencialidades e contingências e, para além disso, pretendo fazer um estudo em algumas escolas onde já se trabalha com os QI. A ter visitado este blog e ao ver este artigo ainda fiquei com maior interesse neste trabalho de investigação que estou a executar.
Neste sentido, se conhecem informações/trabalhos/inquéritos sobre o assunto, peço-vos que mos indiquem - claro que se possível.
Obrigado
joãoferreira71@gmail.com
Ups...
ResponderEliminaro mail foi com tilll.
joaoferreira71@gmail.com
http://naoe.blogspot.com/