Está disponível, desde Janeiro de 2007, um relatório sobre o impacto das TIC nas escolas pela European Schoolnet, tendo como base relatórios de vários países da Europa. Este documento foi elaborado a partir da análise de 17 relatórios do Reino Unido e de outros países, entre 2001 e 2006.
Os resultados e/ou as recomendações nele enunciados não apresentam qualquer novidade para nós, na medida em que há vários anos observamos e procuramos manter-nos atentos à evolução (ou não!) das TIC e da sua aplicação na Educação, tanto em Portugal como noutros países.
Também é para nós muito clara esta questão preocupante: "A clear finding is that teachers’ practice is not changing much when they use ICT. Is this desirable? What is the likely scenario when e-confident children become frustrated in e-immature schools?" (ponto 5, pág. 60)
Como se sentem os professores europeus quanto às suas comptências em TIC, em contexto de sala de aula, quanto à motivação e às infra-estruturas e ligações à Internet: "...more than 80% of the European teachers describe themselves as competent in using computers and the internet in classroom situations, two-thirds have the necessary motivation for doing so (in their own opinion), and 60% describe the ICT infrastructure in their schools and the internet connection as sufficiently rapid." (Pág. 50)
Porém, nem tudo é assim tão positivo, especialmente no nosso país: "In some countries, for example, more than half of the teachers do not feel competent yet to use the ICT infrastructure in the classroom, with Greece (60%), Portugal (70%), Hungary (71%) and France (76%) ranking at the bottom end. It appears as if motivation seems to be a critical factor, since 14% with access lack both motivation and competence and another 10% also lack motivation despite their competence and access to ICT. (Pág. 50)
Embora o projecto Interact esteja a decorrer há pouco mais de um ano, já muito caminho percorremos e estes valores vão-se invertendo, atingindo estádios elevados de utilização das TIC, potenciada pela inclusão dos quadros interactivos na sala de aula. Neste sentido, também as práticas, as metodologias de ensino e aprendizagem vão gradualmente alterando, tal como havíamos previsto nos nossos objectivos iniciais. Consequemente, acreditamos que as taxas de abandono e de insucesso escolares podem baixar nesta área geográfica de Portugal.
Vamos continuar a trabalhar... e a brincar, no Interact! ;-)
Aceda ao relatório completo (77 páginas) em formato *.PDF. ou ao resumo (12 páginas) do mesmo.
(Está em inglês. Infelizmente, em Portugal, ainda "ninguém" se deu ao trabalho de traduzir este precioso documento...)
A sociedade de informação não se compadece com o défice de debate de ideias, nem pela obsolescência das respostas do passado aos desafios do presente e do futuro. Vivemos de um modo particular numa desadequação dos sistemas de ensino às profundas mutações tecnológicas, sociológicas, éticas e comportamentais dos nossos tempos. É por isso que considero o espaço Interact um marco de excelência. Digo isto porque acredito que este projecto, sem dar respostas, fomenta a reflexão, abre perspectivas no sentido da sociedade digital. E este é, quanto a mim, um fenómeno imparável em relação à sociedade e muito particularmente em relação aos agentes educativos. É uma concepção da escola dinâmica, de um status de formadora de competências, de formadora de aprendedores.
ResponderEliminarSaúdo a forma como este espaço está a ser gerido. Parabéns ao José Paulo Santos.
Paulo Miranda Faria