A minha participação no projecto INTERACT decorre, por um lado, do desejo de inovar na sala de aula. Por outro, reconheço neste projecto um potencial pedagógico-didáctico, capaz de permitir o desenvolvimento de certas competências nos nossos alunos, assim como uma aprendizagem mais autónoma e criativa.
Do ponto de vista científico e pedagógico, a aprendizagem com um QI é um desafio e as potencialidades desta nova forma de ensinar e aprender são intermináveis. A produção de flipcharts é um atractivo e uma mais-valia relativamente a outro tipo de materiais didácticos.
No meu caso concreto, criei alguns flipcharts que inclui na plataforma [interactportugal.com] e outros que brevemente penso vir a disponibilizar. No presente ano lectivo leccionei Ciências Físico-quimicas do 7º ano e Física e Química A do 10º ano. A utilização do QI no ensino básico revelou-se bastante positiva. Estes alunos mostraram-se sempre aprazidos com a utilização de flipcharts na sala de aula. Apenas se entrava na sala de aula que logo questionavam se íamos utilizar o quadro interactivo. Depois, no decorrer da aula, assistia-se a uma disputa entre eles para participar e ir ao quadro. Aquando da utilização do quadro, notava neles um maior interesse e empenho. Quando, por motivos técnicos, não conseguia utilizar o flipchart previamente feito, notava-se um desapontamento geral da turma.
A nível do ensino secundário, a utilização do quadro interactivo não resultou tão bem como no básico. Parte da turma gostava, mas outra parte mostrava um certo desencanto pela utilização das novas tecnologias. Isto leva-nos a pensar que não são só os mais velhos que são resistentes à mudança e à inovação. Apesar disso, continuei a utilizar o quadro, mas não da mesma forma que no básico, pois penso que melhora a retenção de núcleos de informação graças à interacção e à combinação de imagens, textos e simulações.
A utilização do QI na sala de aula de física e química nem sempre é fácil. A disciplina tem um cariz bastante prático, onde o trabalho experimental deve predominar. Apesar da necessidade da realização do trabalho experimental, por vezes a escola não possui todo o material necessário e o quadro interactivo já me permitiu colmatar esta lacuna em algumas situações pontuais
A nível do secundário, ainda dinamizei uma página da disciplina na sala virtual da ESA, onde disponibilizei, além de outros materiais, os flipcharts utilizados na sala de aula. Esta sala virtual foi um êxito, pois os alunos manifestaram uma forte adesão.
De referir, no entanto, que o nº de flipcharts produzidos não foi o desejável por diversos motivos. A criação de um flipchart leva horas e, chegado o momento, nem sempre foi possível colocá-lo
No início do ano do ano lectivo e durante o 1º período, colaborei com a coordenadora de Escola do INTERACT na formação de colegas no programa ACTIVstudio. Apesar desta colaboração ter sido voluntária, fiquei um pouco desapontada pois a maioria dos colegas que aprendeu a trabalhar com o programa não mostrou interesse na produção posterior de flipcharts.
Agradeço desde já o apoio e o incentivo prestado pela coordenadora Isaura Ventura e pelo coordenador José Paulo dos Santos.
Escola Secundária de Arouca, 19 de Julho de 2007
Marília Martins de Pinho Garcia
Colega Marília
ResponderEliminarChamo-me António Jorge Costa, sou docente na Escola Serafim Leite em SJ Madeira, e no próximo ano lectivo vou fazer a minha dissertação do mestrado em ensino de física e química em Aveiro. A Dra João Loureiro do CIFOP que será a minha orientadora da dissertação incumbiu-me de fazer a avaliação da integração do QI nas práticas lectivas dos docentes que fizeram a formação ao abrigo do projecto INTERACT. Assim pedia à colega o favor de entrar em contacto comigo através do mail ajorgeua@gmail.com, no sentido de trocarmos algumas impressões acerca desta formação.
Agradecendo desde já o contacto
Boas férias
António Jorge Costa