domingo, 26 de novembro de 2006

"...estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0"


Roberto Carneiro, ex-Ministro da Educação, faz uma curta reflexão sobre a utilização das TIC nas escolas, numa entrevista ao EDUCARE.PT:

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E: Segundo a OCDE, a maioria das escolas portuguesas tem, em média, um computador por cada 10 alunos. Para além disso, quando as direcções das escolas são inquiridas sobre a importância das TIC, continuam a considerar que a falta delas "não é muito prejudicial" no ensino. Considera que existe desinteresse pelas TIC nas escolas portuguesas?
RC: A mera exibição de indicadores de acesso a equipamento informático diz-nos muito pouco sobre o seu uso efectivo. E, sobretudo, fica muito aquém de uma real compreensão do eventual impacto das TIC - que pode ser vasto e relevante - sobre a modificação dos modelos de relacionamento no seio das escolas e sobre a reformulação das práticas pedagógicas e gestionárias. Penso que, com algumas excepções (poucas), as TIC não se entrelaçaram com visões transformadoras do todo escolar e, muito menos, com estratégias de renovação pela base das pirâmides educacionais. Por isso, mais do que "mero desinteresse" o facto desolador é que as TIC têm sido encaradas essencialmente como segmentos isolados da vida curricular e, no demais, como ferramentas muito úteis para descarregar informação e "objectos do conhecimento codificado" na direcção professor-aluno. Para utilizar uma analogia inspirada em metáfora do mundo da nova Internet estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0 em que as TIC sejam o propulsor de comunidades de aprendizagem efectiva e de uma nova ética do esforço e da disciplina de escola susceptível de ultrapassar o laxismo de uma educação sem chama nem dedicação.
Leia a entrevista na íntegra aqui
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A metafóra apresentada sobre o mundo da nova Internet remete para a segunda geração da Internet, a WEB 2.0. Dentro deste conceito, vários são os serviços e as tecnologias em expansão que convergem para uma maior colaboração e interactividade entre os utilizadores.
No meu ponto de vista, faz todo o sentido que os professores conheçam e adoptem, em profundidade, estas tecnologias com os seus alunos.
Assim, proponho que os docentes façam uma pesquisa em torno de ferramentas e conceitos da WEB 2.0, tais como:
  • sindicância (ex. feeds de RSS)
  • agregação ou mashup (Netvibes, etc...)
  • social bookmarking
  • TAGS
  • blogues
  • wikis
  • folksonomia
  • (...)
Para ajudar nesta procura, destaco três sítios: aqui, aqui e aqui

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