segunda-feira, 31 de março de 2008

Twitter no Ensino





O Twitter está a ganhar cada vez mais adeptos no mundo da blogosfera.
Este serviço foi lançado no ano passado e, desde então, as redes vão-se construindo.
Este "big brother" da Internet permite-nos dar a conhecer "o que estamos a fazer" a cada instante. Os nossos amigos, se assim o desejarem, podem "seguir" o nosso "diário".
Curiosamente, através de pequenos textos (até 140 caracteres), podemos ir dando informações sobre o que vamos fazendo, os sites que visitamos, os livros que lemos ou a música que ouvimos,... É uma forma interessante de partilha interactiva do conhecimento!
Indo um pouco mais longe, o Tom Barrett criou um modo de utilização desta ferramenta em contexto educativo. O jornalista António Granado (que eu sigo no Twitter!), no seu blogue Ponto Media, descobriu um "post" que vale a pena ler.
É, sem dúvida, uma ferramenta útil e, porventura, motivadora para utilizar dentro e fora da sala de aula Twitter - A Teaching and Learning Tool.

Já agora, aqui fica o meu Twitter

segunda-feira, 17 de março de 2008

Web 2.0 muda o comportamento humano e o Mundo


A imprensa mudou o comportamento humano? E a rádio? E a televisão? E o telefone? E o telemóvel? Não tenho a menor dúvida que todos estes avanços técnicos e tecnológicos tiveram repercussões ou influenciaram comportamentos no Homem. Ainda hoje, influenciam a nossa forma de estar no mundo, na nossa sociedade, na escola, na família, ...

E a Internet? A Internet, tal como a víamos ou utilizávamos desde o seu aparecimento, por Tim Berners-Lee, está a desaparecer e a dar o lugar a uma "Internet Social", que cria ligações entre as pessoas.

Quem utiliza a web 2.0 diariamente e a investiga, sente a sua força, a sua forte influência nos governos, nas empresas, nas instituições, nos comportamentos e na comunicação entre as pessoas.

A web 2.0 é um estado de espírito. A web 2.0 cria laços, constrói redes de pessoas, fomenta a comunicação entre elas através do planeta.

Embora ainda tentemos entender o seu curso e o seu futuro, não deixamos de tomar a plena consciência que está a criar estruturas, conexões entre os seres humanos. Este incrível fenómeno emergente na sociedade de informação não estava certamente previsto. Com a multiplicação de ferramentas e serviços gratuitos, os utilizadores geram fluxos de informação até hoje nunca vistos. As pessoas estabelecem novas relações entre elas e desenvolvem novos contactos por áreas de interesse. As comunidades de prática e as redes socias desenvolvem-se a ritmos alucinantes.
Neste mundo paralelo que é a web 2.0 não fazemos diferente do que já fazíamos, mas agora é possível fazer mais e melhor e mais depressa. Escrevo, leio, (re)produzo, (re)crio, (re)invento, planifico, comento, respondo, desenho, ouço, vejo muito mais do que até agora... Crio interacções, novos desafios a mim próprio e aos outros!

A Web 2.0 é a Revolução para um mundo mais pacífico. Estamos a lançar as sementes para um mundo novo, do qual vai emergir a verdadeira aldeia global! Com a criação de laços entre as pessoas, mais depressa contruiremos um mundo de tolerância, de paz...

A Web 2.0 ajuda-nos a encontrar soluções colaborativas
para o mundo em que vivemos!
Se eu não acreditar nisto,
que esperança estarei a transmitir às futuras gerações?!


(...)

I Believe in you

One day, we'll be together
We'll never be apart,

One heart, one mind yeah

One day we'll be together

Remember this old world is yours and mine

Bob Sinclar
"Together"

CEF SL 2008 - Comunicação, Educação e Formação no Second Life

Vimos por este meio convidá-lo a participar na conferência Comunicação, Educação e Formação no Second Life 2008 (cef^sl 2008), que se realizará na Universidade de Aveiro nos próximos dias 26 e 27 de Junho. Com esta conferência pretende-se reunir a comunidade científica, educativa e tecnológica lusófona interessada no desenvolvimento do conhecimento e na partilha de experiências de utilização do Second Life, como forma de complementar e enriquecer as experiências educativas nos mais diversos contextos de vida, de trabalho e de aprendizagem formal e informal. As actividades do cef^SL 2008 serão complementadas por workshops (ver programa abaixo) que se realizarão durante o dia 28 de Junho, mediante inscrição.

Os artigos submetidos serão objecto de uma revisão double-blind, efectuada pelos membros da Comissão Científica e por revisores especializados nesta área de investigação, indicados pelos membros da Comissão.

Datas Importantes:

30 de Abril - data limite para submissão de artigos
15 de Maio - comunicação e aceitação aos autores
30 de Maio - data limite para early-registration
26 e 27 de Junho – conferência
28 de Junho – workshops

Submissão de artigos e estratégias de publicação:

Os artigos devem ser submetidos nas datas indicadas (até 30 de Abril) respeitando o modelo de artigo publicado no site da conferência. Todos os artigos aceites para a conferência serão publicados nas actas de conferência. Os melhores artigos serão convidados a integrar um livro a editar pela Oxford University Press.

Serão, ainda, seleccionados alguns artigos para uma edição da revista Prisma (revista de Ciências da Informação e da Comunicação) sobre "Comunicação em Ambientes Virtuais" (http://prisma.cetac.up.pt/ ).

Programa:

Dia 26/06
(manhã)
- sessão de abertura

- keynote speakers: Roberto Carneiro (Univ. Católica) e Pathfinder Linden (Linden Labs)

(tarde
- sessão paralela 1
- sessão paralela 2

Dia 27/06
(manhã)

- sessão temática "SL e media" – moderação: Paulo Frias (Univ.Porto)
- sessão paralela 3

(tarde) (em paralelo)
- sessão temática "SL e Educação" – moderação: Pathfinder Linden (Linden Labs)
- sessão temática "SL e Negócio" – moderação: Luís Sequeira (Beta Technologies)

- sessão de encerramento

Dia 28/06
Workshops: "[Quase] tudo o que sempre quis saber sobre o Second Life e tinha medo de perguntar"
- bê-à-bá do SL;
- Programação em Linden Scripting Language;

- Introdução à construção em SL.


Comissão Científica:
António Moreira - UA (Portugal)
Carlos Santos – UA (Portugal)
Fernando Costa - FPCE - UL (Portugal)
Fernando Ramos - UA (Portugal)
João Mattar - Univ. Anhembi Morumbi (Brasil)
Leonel Morgado - UTAD (Portugal)
Luís Pedro - UA (Portugal)
Nelson Zagalo – UM (Portugal)
Óscar Mealha – UA (Portugal)
Paulo Frias – UP (Portugal)
Pedro Almeida - UA (Portugal)
Teresa Bettencourt
- UA (Portugal)

Comissão Organizadora:
Ana Carla Amaro
Carlos Santos

João Lima
Luís Pedro
Luís Sequeira
Olga Cação
Pedro Almeida
Rui Raposo
Teresa Bettencourt

Inscrição:
Conferência - 2 dias

Geral: 125€ | Estudantes: 50€
(depois de 30 de Maio + 25€)

Workshops (cada manhã ou tarde)

Geral: 40€ | Estudantes: 25€

(actas, almoços e coffee breaks incluídos)

Mais informação e detalhes sobre as sessões quinzenais de esclarecimento e discussão em: http://cefsl.blogs.ca.ua.pt

Secretariado: Carla Sousa: cefsl@ca.ua.pt

Organização:
Univ. Aveiro - Dep. De Comunicação e Arte
Cetac.Media

quarta-feira, 5 de março de 2008

Uma imagem vale por mil palavras…


Os manuais escolares sempre recorreram à imagem para ilustrar este ou aquele texto. Ainda nos bancos da escola, era recorrente, em cada ano, aparecerem as mesmas imagens, como se os autores desejassem gravar na nossa memória certas referências culturais importantes ou associar um texto com determinada imagem, para nos ajudar a melhor compreender a mensagem veículada por ele.
No início de cada ano lectivo, ainda muito jovem, não descansava enquanto não percorria de lés-a-lés todas as páginas de todos os manuais escolares. Adorava olhar para as imagens, ler as legendas...
A imagem teve e terá, pois, um valor e uma importância relevante em contextos de aprendizagem. Tal como eu, muitos outros alunos, com um estilo de aprendizagem predominantemente visual e cinestésico, valorizavam a imagem para apreenderem os conteúdos.
A propósito da "imagem", recordo com imensa felicidade um dos mais belos e agradáveis momentos da minha vida...
A Mona Lisa ou Gioconda de Leonardo da Vinci, entre muitas outras telas e esculturas, sempre exerceu sobre mim um misterioso fascínio. Os manuais de História, de Francês, Inglês, Português faziam questão de reproduzir esta imagem... Recorda-se?!
Pois bem, logo que tive a oportunidade, fui ao encontro do "sorriso" sedutor e mais famoso do mundo, no Museu do Louvre, em Paris. Não explicarei aqui o êxtase e a felicidade indescritíveis daquele momento....
Apenas deixo esta nota para demonstrar o quanto uma imagem pode significar para quem a vê. Se pensarmos que cada imagem contém dois elementos: o denotativo e o conotativo, facilmente percebemos a quantidade de informação que uma imagem pode transportar.
Imagine, agora, esta imagem num formato "gigante", num quadro interactivo, sobre a qual poderá fazer anotações diante dos alunos; os alunos, eles próprios, poderem escrever adjectivos que melhor caracterizem os seus sentimentos e sensações evocadas por aquela imagem... Mais ainda, como o poder evocativo da imagem é ilimitado, cada aluno, de acordo com a sua experiência e contexto, pode apresentar o seu ponto de vista, a sua perspectiva sobre o que chega até ele. As interacções, a partilha e o debate devem ser privilegiados! Esta interacção cinestésica e visual com a imagem reforça a compreensão e a memorizaçao! E, no fim, guarda-se tudo...

A colega Maria Inês Conceição relata a sua experiência sobre a exploração da imagem em contexto de ensino e aprendizagem, no 1º Ciclo:

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O contexto da sala de aula mudou.

Qualquer um, naturalmente, diria isto ao entrar na minha sala de aula e ao ficar deslumbrado com o equipamento tecnológico lá existente – computador ligado à Internet, impressora multifunções, vídeoprojector, quadro interactivo ACTIVboard, leitor de CD e máquina fotográfica digital. Nada mal!... Para uma sala do 1º Ciclo, em Castelo de Paiva!

Também eu me deslumbro dentro daquelas quatro paredes, já não tanto com o equipamento, mas com o ambiente participativo e dinâmico que envolve as actividades, muito decorrente do uso dessas mesmas tecnologias.

Vejamos um exemplo.

Na semana passada, a partir da leitura do II capítulo, do livro, “A Floresta” de Sophia de Mello Breyner, foi proposto à turma o seguinte desafio: seleccionar, no texto, contextos susceptíveis de serem explorados matematicamente, isto é, teriam que inventar situações problemáticas.

Decorrida a actividade, em grupo, a turma dá conta que houve um conteúdo (o tempo – horas, minutos) que, apesar de já as saberem, não o conseguiram explorar, de acordo com a proposta. O objectivo de saber ler as horas tinha sido atingido, mas a competência de as saber usar ainda não.

Não demorou muito para que a turma se lembrasse de quatro flipcharts do ano passado: Medir o tempo I, II, III e IV (disponíveis em Glossário – Partilha de Recursos http://www.interactportugal.com/) para a necessária revisão e reforço da matéria.

Impossibilitados de aceder ao Q.I., por falta de lâmpada no vídeoprojector, desencadearam-se outras acções: copiámos os referidos flipcharts para o ambiente de trabalho e depois cada aluno munido de pen ou CD dirigiu-se ao computador e copiou-os, levando para casa (TPC? Não, de maneira alguma!). No dia seguinte, relembravam os flipcharts, as imagens, as propostas, as situações com um entusiasmo contagiante!

Tudo estava tão presente!... Houve uma economia de tempo, facilitou-se a compreensão e acelerou-se a aprendizagem!

É este ambiente que me deslumbra, que me motiva, levando-me a questionar e reflectir sobre o impacto que ambientes informatizados, com ferramentas de grande potencial como os quadros interactivos têm para a aprendizagem e conhecimento do aluno, dentro de uma perspectiva construtivista.

Relembrando a relação entre aprendizagem e processos cognitivos, à luz da teoria de Piaget, saliento o quão importante se tornam, nestes ambientes, as imagens e as acções dos alunos.

A criança, no 1º Ciclo, apresenta uma atenção pouco estável, daí o uso da imagem poder ajudar a captar essa mesma atenção.

É reconhecido que o recurso à imagem facilita a aprendizagem da leitura e escrita, assim como da matemática. A imagem, na sua função estética, com cor, rompe com a monotonia, dando mais criatividade a uma mensagem (ex.: um texto ilustrado e colorido é mais apelativo esteticamente). Se o professor, após ou durante uma explicação, apresentar uma imagem, esta permite um reforço perceptivo, facilitando a compreensão e a memorização de vários aspectos que passariam despercebidos com uma explicação essencialmente oral. Nunca esquecendo a capacidade de memorização visual que têm as crianças desta faixa etária! (Um flipchart colorido, atractivo, estético os alunos não o esquecem mais!).

Ainda valorizando o poder da imagem, no 1º Ciclo, a sua utilização gera atitudes de participação activa, diálogo, comunicação com os outros e fomenta a cooperação entre os alunos.

Quando se tem, dentro da sala de aula, um quadro interactivo onde se pode desfrutar desse colorido de imagem, onde se tem a facilidade de ampliar, facilitando a visualização de detalhes, onde o próprio escurecimento da sala permite concentrar a atenção, do aluno, no quadro, onde se tem a facilidade de manipulação no sentido de voltar atrás ou parar na imagem pretendida, onde os flipcharts servem como ponto de referência a uma aprendizagem, então reúnem-se excelentes condições para uma melhor integração da aprendizagem, aumento da compreensão e retenção da informação essenciais para a sua progressão na escolaridade.

E se a este recurso à imagem lhe podermos agregar música e um dinamismo obtido através de manipulação directa sobre as imagens que se apresentam no quadro interactivo?!

A importância da acção e dinamismo que os quadros interactivos tão bem proporcionam ficam para outra abordagem…

Para terminar não pretendo deixar “a imagem” de que os ambientes informatizados, por si só, garantem a construção do conhecimento. O mais importante é que o professor tire o maior proveito do potencial destes equipamentos, no sentido de estimular a aprendizagem e a interactividade, integrando metodologias dinâmicas e colaborativas.


Maria Inês Conceição
EB1nº2 de Castelo de Paiva
9 de Fevereiro 2008