sexta-feira, 31 de março de 2006

Ai, se viciam!!!

As experiências fluem e revelam-se frutuosas, tanto para professores como para alunos...
Aqui vai mais um testemunho da Prof. Isaura Ventura. É um alerta! Com os quadros, tira-se um bilhete só de ida... o regresso é impossível!
Os quadros interactivos não são aconselháveis para saudosistas
... ;-)

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Cuidado!!! Eles Viciam.

Na diminuta experiência que possuo no domínio da utilização dos quadros interactivos, registo a sensação de uma eternidade. Já não concebo prescindir dessa ferramenta, quer do software, quer do hardware, na medida em que as suas incontáveis vantagens são por demais evidentes quer para professores, quer para alunos. Os discentes só muito relutantemente aceitam uma aula sem a utilização destes recursos, encarando o facto de ter de ceder o espaço a outros professores ( em número crescente) que o solicitam, com muita contrariedade.
Por mais que se registe, dite, se interaja, numa aula sem quadro interactivo, os alunos concluem a aula insatisfeitos, com comentários do género "Isto agora não vai ser sempre assim!?", ou "Esta aula não rendeu nada.", ou seja, na sua concepção, mais valia não a ter tido.
Por este motivo é que refiro a sensação de eternidade. Porque quando se "anda de cavalo para burro", sente-se um enorme desconforto...
No que respeita aos restantes docentes da escola, é com um certo pesar que constato o crescente entusiasmo na utilização destas ferramentas, uma vez que o privilégio de poder constante e livremente usá-las em meu proveito e dos meus alunos, está cada vez mais ameaçado. Isto não é ser egoísta. Certo é que estive na linha da frente, viciei-me, e, acontece que, afinal, estes quadros não são meus, são da escola para partilha. E já quase me arrependo da promoção de Worshops e do entusiasmo que confessei a colegas e do apoio que lhes tenho dado..., sim ainda vou dando algum, para meu próprio prejuízo.



Acreditem que é com a maior das sinceridades que me confesso, mas a verdade é que já não sei muito bem o que fazer com o quadro negro e com o giz. Perco a inspiração, os alunos não têm estímulo porque estão habituados a degladiar-se para ir ao quadro, as aulas parecem tão pobres só com o livro ou fotocópias e, perante algo de inesperado que surja, falta-me a Internet, o acesso à rede da escola onde tenho todo o meu material, ou até a musiquinha que ponho em fundo, enquanto os alunos lêem um texto.
Aqueles que quiserem alinhar nesta aventura que se cuidem. É um salto qualitativo muito alto. Olhar para baixo dá-nos vertigens e, podem crer, é muito dificil descer de novo.
Isaura Ventura
Escola Secundária de Arouca, 31 de Março de 2006

"Os primeiros sinais primaveris aí estão..."

Há dias, num dos comentários feitos por um anónimo, repliquei deste modo: "Há quem não tenha consciência profissional e revele muito pouco respeito por quem deseja mudar, preocupando-se pouco com o (in)sucesso dos nosso alunos e do ensino em Portugal!"

Hoje, deixo aqui um testemunho real e actual da professora Maria Inês Conceição, cujo conteúdo poético e primaveril, mas profundamente sério e pedagógico, nos faz reflectir sobre as potencialidades e vantagens dos Q.B.I na sala de aula...

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Primavera Interactiva

A Primavera chegou este mês com todo o seu potencial de renovação de vida, cor e sentimentos.

Foi neste espírito que chegou o Quadro Interactivo (QI) à minha sala, à minha vida profissional (20 anos de serviço), aos meus alunos (18, do 1º ano) e à minha escola (EB1 nº2 de Castelo de Paiva).

Um pouco acanhadas, as flores vão desabrochando, colorindo e perfumando a Natureza, ingredientes necessários à imaginação e poesia….Tem sido neste paralelismo sentimental que o QI tem entrado nas aulas, deixando que a luz, a cor, o som, o movimento, … deixem brotar essa mesma imaginação.

O meu parecer sobre esta nova tecnologia educacional deve ser entendido num contexto a ter em conta:

- O nível de ensino que lecciono, com tudo o que lhe é inerente.

- A perspectiva de educação/ensino com conhecimentos e práticas que cultivo.

- O espírito de inovação, experimentação e avaliação.

Assim sendo, considero que não se deve entender o uso do QI como uma tecnologia de ensinar, programada para fazer com que as crianças aprendam com ela Matemática, Língua Portuguesa e Estudo do Meio. A relação da criança com o QI proporciona um certo desafio divertido, desenvolvendo um processo, do qual, a criança se vai tornando mais inteligente, podendo além disso utilizar esta capacidade em todas as áreas do conhecimento.

Convém que o QI seja considerado, não só, como mais um elemento integrante do meio informático que rodeia a criança, mas também como algo com o qual se pode comunicar e INTERAGIR.

“Interagir”, “interactivo”, estas são as palavras que fazem toda a diferença. Qualquer quadro branco, qualquer vídeo projector resolveria o problema da falta de atenção e motivação, mas é através de QI que a criança pode agir sobre o mesmo, com jogos, desenhos, pode falar com os seus desenhos, transformá-los, mudar-lhes a cor, dar-lhes animação, multiplicá-los… O enfoque difere notavelmente da utilização que se costuma fazer do computador como simples auxiliar de uma aula. Trata-se de um processo no qual a criança pergunta, age, e observa os efeitos da sua acção. E no grupo etário das crianças do 1º Ciclo como é importante a acção! É um factor decisivo na sua dinâmica de desenvolvimento.

As crianças têm mostrado grande entusiasmo e aprendem com surpreendente rapidez a utilizar a pen, as ferramentas… A utilização do QI dá à criança a sensação de poder fazer.

A interacção com o quadro facilita às crianças a descoberta de novos caminhos que podem mudar radicalmente as suas formas de aprendizagem, o desenvolvimento intelectual, afectivo e comportamental.

«A minha turma integra um aluno com Trissomia 21, é uma criança com um comportamento muito específico e que uma das suas características é refugiar-se, afastando-se de actividades colectivas em que tenha de se exibir. Na apresentação do QI (1º dia de funcionamento), foi esse mesmo aluno que foi estrear o quadro, arrastando as letras do seu nome, mostrando à turma que era ele que estava ali. Fez isto com um domínio surpreendente da ferramenta e acção (arrastar), apesar de se zangar com a sombra do seu corpo que teimosamente o impedia de encontrar a letra correcta para o nome!...

Este aluno desfrutou da partilha da sua actividade com os outros, mas teve o dobro do prazer quando contou com a aprovação geral da turma. O QI permite acrescentar ao gozo do sucesso o gozo social».

A interacção com o quadro está a ser levada como um jogo. Um jogo, que não é uma actividade supérflua nem é uma actividade oposta ao trabalho sério escolar mas, muito pelo contrário. Se quisermos captar a atenção e interesse da criança conseguiremos com facilidade se transformarmos a nossa actividade docente num verdadeiro jogo. Assim, consegue-se que a aprendizagem da criança se transforme na mais divertida das suas actividades e para ela, aprender será sinónimo de jogar. Com o QI consegue-se que aprendam pelo prazer da descoberta, do jogo.

O dinamismo que considero fundamental aplicar nesta actividade com o QI, é a motivação que constitui a força que permite avançar em todos os domínios. Esta actividade precisa, como é óbvio, do trabalho e investigação do educador para conhecer quais as estratégias que são mais relevantes para o desenvolvimento da criança e fomentá-las, ao mesmo tempo que tem de avaliar a sua pertinência neste processo complexo de aprendizagem.

«Uma das actividades diárias na minha sala é a leitura de uma história, ora por mim ora pelos alunos que se oferecem. Uma tarde, a história foi lida no QI. O trabalho de preparação da história foi feito em casa (Flipchart: O conto das Estações: Trunfas o espantalho – 8 páginas). As crianças seguiram a história observando as imagens, desta vez no QI, como faziam com as figuras do livro, mas desta vez tiveram oportunidade de acompanhar a leitura do texto.

Mesmo sendo uma actividade mais passiva, o acompanhamento da leitura teve as suas vantagens pedagógicas. No entanto, revelaram muito mais entusiasmo nos flipcharts que se seguiram posteriormente, de exploração da história, onde a tónica está na interacção, no tal jogo».

O importante é saber como pensam e aprendem a pensar as crianças e então procurar as condições necessárias para que estas se entreguem comodamente à experimentação. Isto implica um contacto, não condicionado, entre a criança e o quadro, para que aquela vá canalizando, devidamente, acção e pensamento.

Os primeiros sinais primaveris aí estão… e naturalmente seguem o seu curso, dando-nos frutos mais tarde.

Como fruto, interessa criar uma cultura interactiva que ajuda não só a aprender, mas também a aprender sobre a aprendizagem, constituindo o Quadro Interactivo um elemento de auto-desenvolvimento mental para a criança que o utiliza. Isto é, interessa ensinar-lhes uma nova linguagem, a da programação.

Maria Inês Duarte Vieira da Conceição

31/03/2006

quinta-feira, 30 de março de 2006

Alguns critérios gerais de instalação de quadros interactivos nas salas de aula

O Projecto Interact - quadros interactivos na sala de aula obedece a determinadas características e critérios definidos pelo Centro de Formação de Entre Paiva e Caima, em conjunto com os responsáveis das Escolas e Agrupamentos. Cabe ao Coordenador o dever de implementar e de garantir o sucesso da iniciativa no terreno.


Alguns critérios gerais de instalação de quadros interactivos nas salas de aula
Se não forem instalados quadros interactivos em todas as salas, devem existir critérios pré-definidos, de acordo com a realidade local, regional ou escolar:
  1. - por departamento ou grupos disciplinares; (pode-se atribuir, por exemplo, dois quadros aos professores de ciências e outros dois aos de línguas e literaturas)
  2. - pelos professores mais inovadores e capazes de liderar processos de mudança de práticas educativas;
  3. - por turmas com maior insucesso ou por escolas com maior taxa de abandono escolar;
  4. - por turmas com graus de exigência elevados que obrigam o professor a produzir e a introduzir conteúdos mais diferenciados e aprofundados;
  5. - aos Conselhos de Turma que considerem que os quadros podem modificar comportamentos e diminuir casos de indisciplina e/ou de insucesso de determinadas turmas;
  6. - às escolas (Conselhos Executivos) mais inovadoras e capazes de mobilizar os seus professores para a utilização generalizada dos quadros;
  7. - por inscrição voluntária dos professores;
  8. - por salas com ligação à rede e à Internet;
  9. - (...)


Seja qual for o critério, a escola deve fazer o melhor enquadramento desta tecnologia no seu projecto educativo, garantindo a sua implementação, supervisionando e avaliando o impacto desta ferramenta no processo de ensino e aprendizagem.

Os Centros de Formação de Professores e/ou Centros de Competência podem e devem ser ouvidos neste processo de decisão de aquisição e instalação de quadros, pois são entidades que deverão acompanhar a formação de professores, factor importante para o sucesso do projecto.

No que diz respeito aos Agrupamentos, deve-se contemplar as escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância, designando uma escola e um professor/educador de cada um destes níveis que poderá ser considerada para atribuição de um Quadro Interactivo.

Para esta designação, deve-se atender, cumulativamente, aos seguintes critérios:

a. garantia de segurança física das instalações e seguro de equipamento informático;

b. estabilidade profissional dos docentes; (para garantir continuidade do estudo e do projecto)

c. maior proximidade da escola em relação à sede de agrupamento; (de modo a que o coordenador possa deslocar-se às escolas para dar apoio e acompanhamento imediato aos educadores e professores do 1º ciclo e pré-escolar)

d. conhecimentos de informática na óptica do utilizador; (fundamental para garantir uma boa utilização do software e das tecnologias educativas: videoprojector, multimédia, etc.)

e. disponibilidade destes docentes para receber formação em quadros interactivos.


Quanto à reorganização da sala de aula [colaborativa]:
1º Ter em conta a incidência de luz do exterior contra o quadro; (as janelas têm cortinas? estores? persianas?...);
2º Os quadros negros devem ser retirados ou mudados de local, substituindo-os por quadros brancos (o pó do giz deve deixar de existir pois prejudicam os equipamentos);
3º A disposição das mesas/carteiras deve alterar-se (em pequenos grupos ou em U);
4º Haver armários com chave ou outro sistema de segurança para guardar equipamentos: comando do videoprojector; canetas; ACTIVote; ACTIVslate; ACTIVtablet; cabos e carregadores ou outros acessórios...
5º Colocar um estrado junto ao quadro, sobretudo nas faixas etárias mais baixas;
6º Manter o quadro resguardado com um pano ou cortina, quando o mesmo não está em funcionamento (evita a tentação de escrever ou riscar intencional ou inadvertidamente);
7º Elaborar um regulamento próprio para a utilização da sala e dos equipamentos;
8º Evitar deixar os alunos sozinhos na sala de aula sem a presença de um adulto;
9º Os alunos podem e devem manusear as ferramentas do quadro livremente para treinar e, também eles próprios, criarem conteúdos;
10º (...)

É aconselhável que exista na escola um professor (com bons conhecimentos de informática) responsável/coordenador pela dinamização de actividades com os quadros interactivos, dentro e fora da sala de aula; pelo acompanhamento e formação dos colegas; pelo incentivo e alargamento da utilização dos quadros interactivos.

No caso dos Agrupamentos de Escolas, as autarquias devem conhecer esta tecnologia e devem ser envolvidas nos projectos, nomeadamente no apoio técnico às escolas do pré-escolar e do 1º ciclo: garantir o funcionamento da ligação à Internet; prestar assistência técnica; fornecer software educativo interactivo; etc.

Por fim, é também de todo aconselhável que as escolas assinem acordos / protocolos de colaboração com a entidade promotora da iniciativa ou projecto. Estes acordos devem vincular e responsabilizar as entidades envolvidas, garantindo a boa utilização dos quadros e a produção assídua dos conteúdos interactivos para partilha em rede, em portais específicos ou na página da escola.

Estas questões são apenas um ponto de referência e de reflexão e não pretendem ser exaustivas.

segunda-feira, 20 de março de 2006

...e que pensam os alunos?

Os alunos também têm, aqui, uma voz "activa" quanto à utilização dos quadros interactivos.
Vejamos o que nos diz a Andreia Cristina Almeida Matos, do 5º ano, turma C, da Escola EB 2.3 de Arouca:

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Uma aula diferente

No passado dia 13 de Março de 2006, na sala 26 da Escola EB 2/3 de Arouca, ocorreu, para os alunos do5ºC, uma aula diferente.

E como ia ser diferente, o senhor professor Cerca fez uma breve referência ao que ia decorrer ao longo da aula.

Para dar início ao contacto dos alunos com o novo método de ensino, o quadro interactivo, o professor Cerca utilizou a imaginação dos próprios. Com o recurso à história “A casa e o tesouro”, de Matilde Rosa Araújo, o professor pôde dar início à interacção aluno/quadro interactivo pedindo-nos que, com a nossa imaginação, caracterizássemos a casa e o tesouro. Para expor todas as ideias que surgiram, o quadro interactivo teve um papel muito importante, pois foi nele que se registaram todas as ideias provenientes da imaginação fértil dos alunos. E, para dar continuidade à interacção inicial, em vez de lermos a história no tradicional livro, lemo-la no próprio quadro. De seguida resolvemos as actividades que nos foram propostas. A realização desta tarefa foi toda feita no quadro interactivo. E, como era uma aula de Língua Portuguesa, foram expostas várias frases que teriam de ser agrupadas segundo o tipo a que pertenciam.

Depois da actividade mencionada e para que pudéssemos responder ao questionário alusivo à história explorada, foi-nos distribuído um comando de voto. Introduzimos os códigos pessoais e demos início ao questionário. Surgiu um pequeno imprevisto com os comandos, mas tudo se solucionou com a resposta oral dos alunos.

Nesta aula ficámos a conhecer algumas das muitas potencialidades dos quadros interactivos, mas muito há ainda para explorar.

Foi uma aula bastante agradável e educativa, onde se conseguiu conciliar o bem-estar com a aprendizagem e com o verdadeiro gosto de aprender.

Venham depressa os quadros interactivos!

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Nota: nesta aula, foram exploradas as potencialidades dos equipamentos ACTIVslate e ACTIVote, além do Quadro Branco Interactivo (QBI) ACTIVboard.

sexta-feira, 17 de março de 2006

É no poupar que vai o ganho

Quanto gasta, anualmente, a escola com a compra de giz? E de papel?
Muitas escolas estão já a deitar contas à vida, ou seja, a contar os "tostões" para poder adquirir um daqueles quadros mágicos que viram numa Feira ou num Workshop ou até na escola ao lado...
Quantos quadros e restante equipamento (computador e videoprojector) poderiam as escolas obter, se calculassem os gastos anuais materiais?
Isto para não abordar a questão relacionada com o ambiente...
E o tempo desperdiçado com a limpeza ao fim de um dia de utilização de um quadro preto? Como poderia ser tão bem rentabilizado esse tempo do Auxiliar da Acção Educativa...

Bem, tudo isto somado, acreditamos que seria possível uma economia considerável convertida em aquisição de quadros interactivos.

E as quantidades astronómicas de papel para testes de avaliação?! Com um simples dispositivo como o ACTIVote, não só o professor avalia de imediato determinados conhecimentos do aluno, como rapidamente obtém os resultados em percentagens representados graficamente. Pode, de imediato, reservar tempo para comentar as respostas com os seus alunos; para constatar as dificuldades que ainda persistem; para avaliar o grau de consecução da turma; etc.

Não nos alonguemos mais e demos lugar ao testemunho de um colega, a quem agradecemos pelo seu precioso contributo e felicitamos pelo seu trabalho, cujo texto se intitula precisamente "ADEUS AO PAPEL":

"Li há dias, na revista Visão, um artigo intitulado “Adeus ao Giz” e que se referia a esta nova tecnologia que começa a entrar em muitas das escolas do nosso País e que está a ser promovida por várias empresas europeias, que a pretendem comercializar.

Adepto que sempre fui das novas tecnologias, pelas potencialidades pedagógicas que elas contêm, e apesar de, em muitos casos, ainda não serem correcta e pedagogicamente utilizadas, atrever-me-ia a acrescentar, nesta ordem de ideias, mais um adeus: o adeus ao papel!

De facto, com a utilização dos Quadros Interactivos (Q.I.) muito papel poderá também ser evitado, em muitos casos.

Há dias, numa aula de Português, realizei uma sessão de leitura com uma obra de Ilse Losa, “Faísca conta a sua História”.

Para essa sessão, seriam, normalmente, precisos, no mínimo 15 livros (1 para dois alunos). Pois, com o recurso ao Q.I. todos os alunos puderam ler e acompanhar o desenrolar da história sem precisarem de manusear o livro. Puderam, inclusive, destacar no texto, a cores diferentes, as diversas marcas do narrador, sublinhar os adjectivos que descreviam determinada personagem, identificar os muitos pronomes pessoais existentes em determinado parágrafo (era esse o conteúdo gramatical a abordar nessa aula), sem que, para isso, tivessem que danificar o seu “livro virtual”. E mais. No fim da leitura, ao ser-lhes pedido para responderem a um questionário de escolha múltipla sobre a compreensão da história lida, não foi preciso distribuir quaisquer folhas de papel para os alunos registarem a suas respostas. Recorrendo ao ACTIVote, os alunos responderam entusiasticamente às 30 perguntas que lhe foram colocadas, podendo aceder imediatamente ao resultado do teste.

Mas não será apenas um adeus ao papel. Com a capacidade de prender a atenção dos alunos, de os motivar mais e de lhes solicitar uma maior interactividade, o Q.I. poderá contribuir também para um adeus à distracção e à desmotivação dos alunos, graças às potencialidades motivadoras e interactivas que esta nova tecnologia apresenta.

E se, através desta tecnologia, o aluno poder ele próprio passar de um receptor meramente passivo de conteúdos tradicionalmente debitados pelo professor, para um construtor da própria aprendizagem, partilhando-a com os restantes colegas, então algo de profundamente diferente e positivo começará a surgir nas nossas salas de aula.

E se tal vier a ser uma realidade e não uma mera utopia, então que sejam bem-vindos, às nossas escolas, os Quadros Interactivos."

José Cerca

Escola EB 2.3 de Arouca

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segunda-feira, 13 de março de 2006

Perguntar não ofende...

Caro(a) leitor(a) do Blog Interact,
queremos, desde já, agradecer o interesse que este blog lhe tem despertado... As visitas têm sido muitas, em apenas 15 dias de existência!
Pois bem, vamos continuar a dar informação pertinente para aqueles que estão a dar os primeiros passos para a aquisição de quadros interactivos.
Lá atrás, num outro texto, perguntámo-nos se o quadro interactivo era um luxo... Será que é?!

Vamos continuar a levantar questões! Sim, como perguntar não ofende, queremos saber o mais possível sobre o produto que nos estão a mostrar ou a vender... Os vendedores terão certamente respostas imediatas para todas elas e, sem dúvida alguma, poderão mostrar-vos na prática a resposta...

Assim, durante uma demonstração das "capacidades" de um quadro interactivo, reserve bastante tempo para "mexer"! Não fique pela simples demosntração... é preciso "pôr as mãos na massa"! Experimente! As perguntas não são absurdas nem patéticas! São legítimas e têm sentido, pois devem corresponder às suas necessidades e expectativas...

Aqui vai, então, uma série, não exaustiva, de questões que pode e deve colocar:

Questões de avaliação de Quadros Brancos Interactivos (Q.B.I.)

  • Qual é a garantia? É reparado no local ou devolvido? A que preço? Que tempo demora? (o conserto)
  • Como é que o quadro se pode estragar? O que acontece se se furar ou riscar? Qual o preço do conserto? Pode ser colocada uma nova superfície? Como?
  • Como é que o quadro funciona? Ex: sensores electrónicos, frequência de rádio, pressão por toque?
  • Pode ser utilizado com marcadores “dry erase “ (de água?). Como é que ele é limpo de um modo fácil e eficaz? O que acontece se for usado um marcador de tinta?
  • O reflexo ou brilho são um problema?
  • A documentação é clara e fácil de entender? Há um guia de consulta rápida? (quick-start?) Há documentação impressa? Ficheiros de ajuda on-line?
  • A calibragem é um processo fácil? Quantas vezes é necessário fazê-la?
  • É necessário um estilete/caneta? Adapta-se facilmente a mãos pequenas? É resistente? Que espécie de baterias requer e quanto tempo duram? Qual o preço da substituição?
  • Como se faz o clique do lado direito? Pode-se usar o estilete /caneta como um rato, com as capacidades de clique do lado esquerdo e direito, ou deve-se usar a barra de ferramentas ou painel de controlo?
  • A barra de ferramentas / painel de controlo é intuitiva e fácil de utilizar? Pode ser personalizada? Pode-se colocar em diferentes partes do ecrã para mais fácil acesso por parte de utilizadores altos ou baixos?
  • Como se altera o formato da caneta? (Por ex: cor, espessura, transparência,…)
  • Há uma função “Revelar”para cobrir ou mostrar partes do ecrã? A transparência pode ser ajustada?
  • Que recursos ou apoios educativos estão disponíveis?
  • O que está incluído no que se refere a actividades pré-construídas ou que se podem manipular? Quem as criou e como é a qualidade? Base de 10 blocos? grelhas? réguas? relógios? dinheiro? termómetro? mapas? Esquadros? Compasso?
  • As actividades e/ou a galeria têm um motor de busca forte?
  • O utilizador pode acrescentar à actividade template ou recursos da galeria? Se o utilizador acrescenta algo às actividades ou galeria o seu contributo será incluído nas pesquisas?
  • As actividades podem correlacionar-se e serem guardadas por classes padrão? Pesquisadas por classes padrão?
  • Os ficheiros guardados templates, apresentações etc., podem ser facilmente partilhadas com outros utilizadores por ligações em rede? Como?
  • O software educativo incluído está licenciado para uso em outros computadores? Quantos? Pode ser utilizado sem o quadro? Para uso dos alunos em casa?
  • Que formatos estão disponíveis para os utilizadores guardarem, exportarem e partilharem documentos e actividades? (HTML, Word, Powerpoint, PDF,… )
  • Com que facilidade pode um utilizador importar ou usar aulas ou apresentações já existentes? Como? Em que formatos?
  • Há algum software que não seja compatível?
  • Há reconhecimento de escrita à mão? É preciso (exacto)? É fácil de utilizar? Reconhece formas e números?
  • Pode ser usado em qualquer aplicação ou só em algumas?
  • Há a característica de captação áudio e vídeo? Como funciona?
  • Pode uma série de passos (on-screen steps) ser gravada e guardada para uso posterior?
  • O que pode ser impresso e como?
  • Como funciona o zoom? Podem-se fazer anotações enquanto aumentados (zoomed)?
  • Pode-se seleccionar e tirar a uma palavra de uma frase? Como se altera a cor e o formato?
  • Quando se cola um objecto importado pode-se ver os seus contornos ou localizá-lo antes de o colar? Como se repõe ou limpa uma página? Existe um ícone de anular (undo) toque a toque? Quantos passos para trás?
  • Há um teclado móvel? Calculadora? Podem ser redimensionados?
  • Pode uma grelha ser preenchida? O tamanho alterado? Tem “snap feature” (colagem de objectos às linhas da grelha)?
  • Tem régua? Pode ser aumentada? Rodada? Usada para desenhar uma linha?
  • Há um transferidor? Pode ser rodado? Usado para medir um ângulo?
  • Há outras ferramentas que podem ser acrescentadas?
  • Quais? Podem ser aplicadas/usadas em qualquer aplicação, como Word ou Powerpoint, ou só no software do quadro? Quantas vezes poderiam ser usados?
  • Há um sistema de votação? É fácil de utilizar? Pode ser usado separadamente do quadro?
  • Há um software único para todos os graus de ensino?
  • O Software permite-me elaborar questionários de escolha múltipla, verdadeiro/falso, etc.?
  • Se tivermos dúvidas ou precisarmos de ajuda sobre um determinado recurso ou ferramenta, a quem dirigimos a nossa questão? Quem nos esclarece?
  • Posso importar documentos para o software do quadro? Ex: documentos em Powerpoint, FLASH,…?
  • Posso criar hiperligações dentro do documento que estou a elaborar e para outros documentos externos? Ex: primeira página, página X, vídeo, áudio, documentos Word, etc.
  • (...)
(Questões traduzidas por HV e adaptadas por QBI, a partir de um documento do eSchool News, Nov./Dez.2005, CLASSROOM INSTRUCTION: Whiteboard ‘shootout’ helps Forsyth County corral the right system for its needs)

sábado, 11 de março de 2006

North Pole Challenge 2006

Desafio Pólo Norte 2006
uma caminhada para um milhão

"Uma caminhada para o Pólo Norte, uma oportunidade para experimentar o ambiente com ameaçadoras mudanças de tempo, uma razão para se emagrecer, algo para se atingir, uma aventura ou apenas a crise de meia-idade...
Sejam quais forem as suas razões,
oito exploradores estão a arriscar tudo
para angariar fundos para causas que valem a pena...

'Partiremos de Inglaterra no dia 5 de Abril e esperamos estar sobre o gelo no dia 9.'

Por favor, clique nas imagens acima para mais informações sobre o Pólo Norte, a história relacionada com a descoberta e mais sobre este grupo particular de intrépidos exploradores!"

::Saiba quem é Graham Howe e por que razão está nesta Aventura!::


(tradução e adaptação do texto Sónia Almeida)

quinta-feira, 9 de março de 2006

Novas Tecnologias ao serviço da Educação

Na sequência da informação já divulgada em momento anterior sobre o Projecto INTERACT, importa salientar que as instalações da Escola da Praça, em Macieira de Cambra, serviram de palco à primeira apresentação pública do “modus operandi” dos quadros interactivos na sala de aula.

Presentes, nessa demonstração didáctico/pedagógico, estiveram a directora Regional de Educação do Norte – Dra. Margarida Moreira, o presidente do Município de Vale de Cambra – Eng.º José Bastos, o director do Centro de Formação de Entre Paiva e Caima – Eng.º António Pereira, presidente dos Conselhos Executivos dos Agrupamentos de Escolas de Búzio e Dairas e ainda diversos parceiros envolvidos no projecto.

Foi com natural curiosidade que todos assistiram a uma aula orientada por uma professora do quarto ano e que deu para perceber o elevado índice de potencialidade desta apelativa ferramenta didáctica. Conteúdos de Estudo do Meio, Língua Portuguesa e Matemática foram tratados de forma interactiva e atraente pelos alunos que, não obstante de se verem rodeados de visitantes, mantiveram-se concentrados na evolução da aula, que terminou com a realização de uma experiência de votação simultânea, na qual os jovens responderam a três questões, com os gráficos dos resultados a serem imediatamente apresentados.

Efectivamente, trata-se de uma ferramenta motivadora e atraente que se deseja, a breve prazo, venha a ser disponibilizada pelas nossas escolas.


Excerto extraído do jornal "Voz de Cambra", 25 de Fevereiro de 20o6, pág. 7

domingo, 5 de março de 2006

Quadros interactivos: um LUXO? (Parte I)

Há algumas questões que devem ser colocadas, quando uma escola pensa em adquirir um quadro interactivo.

Em primeiro lugar, em vez de se gastar dinheiro de imediato (e não é pouco!), é necessário questionar o custo/benefício de um quadro interactivo para a escola, comparativamente à utilização de um videoprojector, um PC e uma simples tela pendurada na parede… A grande maioria dos professores, neste momento, obtém as mesmas funcionalidades, conjugando estes equipamentos! Deste modo, as escolas poderão comprar dois videoprojectores pelo preço de um quadro interactivo…

Deve-se considerar se o quadro interactivo é ou não uma necessidade actual. Se poupar no preço de um quadro, poderá equipar duas salas em vez de uma só!

Além disso, cada órgão de gestão tem de conhecer exactamente a utilização que é dada às TIC pelo seu corpo docente… Mediante um inquérito ou um simples questionário é fácil verificar a apetência dos professores pela aplicação das TIC em contexto de sala de aula.

Analisados os resultados, poderemos verificar que muitos docentes utilizariam os quadros interactivos como se fossem telas normais, enquanto outros aspirariam a uma mudança do processo de ensino e aprendizagem, em que o aluno assume um papel mais activo, participativo, criativo e colaborativo: escrevendo nele, arrastando objectos, figuras; acrescentando e retirando informação; sublinhando palavras; colorindo; participando na construção de esquemas, gráficos, sínteses, resumos; simulando experiências que, com um simples “clic”, podem ser guardadas, enviadas por email… Mais ainda: todos estes gestos podem ser vistos em simultâneo por toda a turma, debatidos, comentados e avaliados!

Se resumirmos a utilização do quadro interactivo a uma simples tela, mais do que um luxo, será um desperdício do investimento realizado…

quinta-feira, 2 de março de 2006

Egrégios Avós, Infames Netos: Quadros Interactivos

De facto, quando escrevemos no espaço cibernético, os nossos textos pulam, saltam, viajam a uma velocidade estonteante, ao ponto de, por vezes, lhes perdermos o rasto.
Fiquei deliciado, quando deparei que alguém encontrou um texto e uma fotografia de uma aluna minha, escrito em Maio 2004, intitulado "Adeus ao Quadro Preto" (ÁGORA, no Prof2000), e se debruçou sobre ele para tecer algumas considerações... interessantes, embora me remetessem para um episódio d'Os Lusíadas 'O Velho do Restelo'!
Façam o favor de visitar: Egrégios Avós, Infames Netos.

Já agora, um forte abraço à minha ex-aluna Catarina, que muito bem dominou o quadro, assim como a inesquecível turma dela!!! ;-)

Workshop em Quadros Interactivos

Mais um acontecimento interessante!
O Centro de Formação de Penalva e Azurara organiza, no dia 24 de Março 2005, um Workshop sobre Quadros Interactivos na Sala de Aula.
Mais uma oportunidade para os fabricantes de quadros mostrarem as potencialidades dos seus produtos e deixarem aos professores a responsabilidade de escolher O MELHOR... "And the winner is..."

ACTIVlingua na EXPOLINGUA

16, 17, 18 Março 2006
Centro de Congressos de Lisboa
(antiga FIL)


Sabia que vai decorrer a décima sexta edição EXPOLINGUA PORTUGAL? É o mais importante fórum realizado em Portugal no que respeita ao mundo das línguas.

A EXPOLINGUA PORTUGAL é, à semelhança das suas congéneres europeias, um evento que reúne todos os agentes envolvidos no mundo do ensino e aprendizagem de línguas . A EXPOLINGUA é organizada anualmente obtendo um reconhecido sucesso junto dos profissionais das línguas e do público em geral.

Este ano, a Expolíngua conta com a presença de Julia Glass, para apresentar a seguinte temática: Quadros Interactivos e Apresentação dos Produtos ACTIVlingua/Promethean.

Consulte o programa para saber mais...

Concurso da Semana Verde 2006

A Semana Verde deste ano centrar-se-á na biodiversidade. A conferência e exposição ambiental anual decorrerão em Bruxelas entre 30 de Maio e 2 de Junho de 2006. Deste evento faz parte o Concurso anual da Semana Verde para as Escolas, que encoraja os jovens de todos os Estados membros da UE, dos países candidatos e dos países membros da EFTA a ampliarem os seus conhecimentos sobre as questões ambientais e a exprimirem-se de forma artística.

Visitem o site e encorajem os vossos alunos a participar! Consultem o Regulamento.

quarta-feira, 1 de março de 2006

Workshop sobre quadros interactivos na ESA

No passado dia 23 de Fevereiro, decorreu um Workshop sobre quadros interactivos, na Escola Secundária de Arouca (Piloto Escola Navegadora e ENIS). Na presença de 24 professores inscritos livremente, foram demonstradas algumas funcionalidades (de entre muitas...) dos ACTIVboard, da empresa inglesa Promethean.
À medida que os professores, das mais variadas disciplinas, iam seguindo as instruções da orientadora, Prof. Isaura Ventura, também podiam praticar nos portáteis fornecidos pela Escola.
Ná página da ESA poderá visualizar algumas fotografias tiradas durante a iniciativa.
É inegável o interesse que esta tecnologia desperta juntos dos professores! É de referir que esta escola jápossui alguma experiência, na medida em que tem instalados 6 quadros interactivos a funcionar diariamente...
Esta é também uma escola INTERACT!