sábado, 30 de dezembro de 2006

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades"

Já afirmava o nosso ilustre Luís de Camões. Realmente, hoje em dia, os nossos alunos dispõem de uma quantidade infinita de recursos informáticos, que há uns anos atrás qualquer um de nós não usufruía. As próprias escolas, eu falo pela minha ( E.S.A.), estão apetrechadas com uma bateria de software e material informático que facilitam a mudança. Neste enquadramento, o professor tem necessidade de estar ao lado dos alunos. Sinto-me feliz, quando vejo o sorriso dos meus alunos, sejam eles do 8º, 9º ou 12ºanos, ao ligar o computador, ao pegar no comando para ligar o retroprojector para usar o Quadro Interactivo e quando dizem "a s'tora é que é bacana, usa as novas tecnologias!". A partir daqui gera-se uma atmosfera de cumplicidade entre professora/ alunos que cria um clima de inter-ajuda e que, consequentemente, favorece a aprendizagem.
Após quase um ano de utilização do Q.I., verifico que as aulas elaboradas a partir do ACTIVstudio são mais dinâmicas, criativas e a adesão dos alunos aos conteúdos programáticos é maior. Destaco, também a utilização do ACTIVote, que possui uma particularidade que é avaliar saberes sem ser necessário perder tempo na correcção, ou seja, avalia saberes e regista-os de imediato. Da utilização que fiz desta técnica, apreciei o envolvimento dos alunos e a sua atenção para que a sua avaliação fosse positiva, até porque se pode mostrar um resultado final em gráficos. Já me sinto como "peixe fora de água" quando, por falta de sala ou porque a imaginação não levou à criação, não uso o Q.I.
Quanto à questão da utilização do Q.I. bastar, por si só, não considero que chegue. Da experiência que tenho, constato que é necessário dinâmica por parte do professor, é necessário gostar de ensinar através do Q.I., é necessário paixão, tal como no ensino tradicional, também, se não houver paixão e dedicação, as aulas são monótonas e saturantes! A criação de flipcharts coloridos, com hiperligações e exercícios interactivos, na sala de aula, não chega, é preciso dinamizá-los e proporcionar a sua execução com a ajuda do seu criador. Cada um de nós cria um flipchart com uma motivação, com um fundamento, com um objectivo, mas só é executável se for encaminhado pelo próprio. Assim como qualquer obra, seja ela poética ou de outra arte, só o criador sabe o que o moveu para o construir, quando criamos um flipchart, só nós sabemos o que nos motivou. Mas, no entanto, penso ser necessária a transmissão e a partilha do trabalho!...
Por isso, considero que o professor tem um papel importantíssimo na aventura da descoberta da aprendizagem...

Sandra Ferreira
Prof. no Projecto Interact
Escola Secundária de Arouca

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Feliz Natal

para todos os professores, alunos e pais.


Tentemos encontrar um pouco de tempo
para dedicar àqueles que mais amamos e que precisam de nós!

Veja este vídeo

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Receita: “Brilho no Olhar”

O Projecto Interact apresenta como cabeça de cartaz o Quadro Branco Interactivo, que sem dúvida, desperta em qualquer um curiosidade e interesse instantâneo!... No entanto, por detrás deste cartaz existe um projecto com uma matriz ideológica que não se resume somente à aquisição de técnicas de manuseamento do Q.B.I., nem somente ao cumprimento da produção de quatro flipcharts/mês.

No 1º ano do Projecto Interact, a preocupação era conhecer esta nova ferramenta tecnológica, ao serviço da Educação, as suas potencialidades e operacionalizar tal desafio. Neste 2º ano, o bichinho da insegurança e dúvida aparece, não pela falta de domínio do Q.B.I. que garante o mínimo de estabilidade, mas pela produção dos flipcharts, por si só, começarem a ser uma rotina, correndo o risco de se tornarem reprodutores e homogeneizadores.pensativo

Considero que a produção dos flipcharts deve ser encarada como um desafio didáctico capaz de contribuir para a reinvenção de uma prática pedagógica partilhada, criativa e cooperativa entre os professores.

Os desafios colocados no Fórum [na plataforma moodle Interact Portugal] pelo nosso coordenador, José Paulo, são o sinal evidente da importância que este projecto dá à troca de opiniões, reflexões e experiências.

Este desafio, ao qual estou a responder, (mostre pai), leva-me a partilhar uma reflexão sobre esta dúvida: É a minha prática pedagógica que acende o brilho no olhar dos alunos ou são os flipcharts, (interactivos, coloridos, excelentes!)?pensativo

Os professores do Projecto Interact, sensíveis que são aos olhos perdidos, apáticos, distraídos e corpos entre o presente e ausente, dos alunos, questionam o sistema, a pedagogia, a metodologia e iniciam a busca de novidades, de ideias que nos prometam acordar a turma e acender o brilho no olhar.

Nesta inquietude entre permanência e mudança ampliam-se conversas e trocas e, chega-nos o Q.B.I. à sala de aula. Acciona-se no professor o mesmo tipo de sentimento que nos alunos, ou seja, o brilho no olhar, o entusiasmo, o interesse, a curiosidade…o jogo da descoberta. E assim, começa a aventura da produção dos flipcharts.


A chama está acesa, mas é preciso alimentá-la. Esta manutenção passa por uma prática pedagógica inovadora e dialogada, desenvolvida pelo professor, na sala de aula. Mas, temos que estar precavidos para a tentação da alimentação tipo “fast food”, correndo-se o risco de entrar numa cadeia de produção de flipcharts – transmissão – consumo imediato, levando poucos professores a subverter o modelo pedagógico, neste processo de mudança.


Interessa pois que os flipcharts, no fundo, materiais didácticos, se tornem provocadores da ousadia de espantar, investigar e criar, tanto nos professores como nos próprios alunos.


A receita para a manutenção do brilho no olhar está na Arte de Bem Ensinar, onde nós somos exímios mestres. Já agora, incluam o ingrediente: - Q.B.I. (dá-lhe um toque especial!) e, por favor, não guardem o segredo só para vós: partilhem.piscar

Maria Inês Conceição

Professora do 1º Ciclo

Centro de Formação de Entre Paiva e Caima no mapa

A aplicação do Google Earth em contexto educativo...
Esta poderosa ferramenta de localização no espaço de lugares via satélite fornece ao professor e ao aluno uma variedade de possibilidades de exploração de actividades em sala de aula...
Com o auxílio do quadro interactivo, o Planeta entra na nossa sala de aula e viajar é possível!


quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Blogue INTERACT premiado!


Prémios eLearning 2006

O Centro de Formação de Entre Paiva e Caima
tem o prazer e orgulho de informar que este
Blogue recebeu o prémio "TOP100 Prémios eLearning 2006".
De entre os 30 países concorrentes e as 550 candidaturas apresentadas,
o blogue do Projecto Interact foi seleccionado.
Dedicamos este prémio a todos os professores dinamizadores e inovadores
do Projecto Interact, assim como aos respectivos alunos!
Aos Pais e Encarregados de Educação, Associações de Pais,
Conselhos Executivos e a todos aqueles que nos visitam,
os nossos sinceros agradecimentos
por acompanharem e apoiarem
a evolução deste Projecto inovador
na Educação em Portugal!

A Coordenação do Projecto Interact


Avaliação:
Todos os projectos são avaliados online. Os avaliadores são especialistas na utilização das TIC na educação. Após a selecção inicial, os projectos elegíveis são enviados a avaliadores em diferentes países da Europa. Sempre que possível, os avaliadores não avaliam projectos oriundos dos seus próprios países. Os avaliadores pontuam os projectos segundo vários critérios, por forma a estabelecer uma short list de possíveis vencedores. Em paralelo, identificam também candidatos a vencedores dos prémios especiais. Os Parceiros dos Prémios eLearning podem estar envolvidos na selecção dos vencedores dos prémios especiais, por eles patrocinados. Os avaliadores terão em consideração os seguintes critérios:
  • inovação pedagógica
  • qualidade técnica
  • promoção da aprendizagem activa
  • conteúdos
  • evidência de trabalho em ambiente de rede e colaboração
  • transferabilidade
Os membros do Júri, constituído por autoridades respeitadas no domínio das TIC na educação, avaliarão então os projectos admitidos à short list pelos avaliadores e seleccionarão os vencedores. A selecção do top 100 e dos vencedores é final e inapelável.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Avaliação Interna com ACTIVote

Olá caros colegas,

Em primeiro lugar quero felicitar todos aqueles que têm trazido a este blog o relato de experiências e o testemunho do trabalho interessantíssimo que se pode realizar no âmbito dos quadros interactivos ACTIVboard. Sou docente da Escola Secundária de Vale de Cambra e, no passado dia 29 de Março, participei de uma experiência que gostaria de partilhar convosco. A nossa escola está a levar a cabo, a título experimental, um processo de avaliação interna. Durante o primeiro período, os docentes foram convidados a responder à primeira fase do inquérito. No segundo período, a equipa responsável por esse trabalho, com a colaboração do Conselho Executivo, entendeu dever “testar” os quadros interactivos também neste tipo de actividade, propondo-se fazer um ACTIVote com o inquérito. Da intenção à prática foi apenas o tempo de preparar os inquéritos e os equipamentos. Devo dizer que correu extraordinariamente bem. Foram realizadas duas sessões: a primeira demorou cerca de 45 minutos, mas era só para “aquecer”! É que a segunda já só demorou 20 minutos! No final do inquérito, quando questionadas sobre a eficácia desta modalidade de inquérito, por comparação com a que foi utilizada na primeira fase, invariavelmente as respostas apontavam para um muito maior interesse e eficiência. Foi essa também a percepção da equipa que trabalhou no projecto. Após a tarefa de responder às questões, o tratamento dos dados ficou também muito mais facilitado, porque o ACTIVote permite fazer a estatística de cada resposta em tempo útil e exportá-la, por exemplo, para uma folha de cálculo do Excel...

O mais interessante nesta experiência é a consequência que adveio: o coordenador da formação nos quadros interactivos da nossa escola propôs uma sessão de formação a todos os professores para o dia 11 de Abril. Então não é que, depois da sessão de avaliação da escola, os pedidos de inscrição para essa formação cresceram significativamente?!

Experimentem e comprovem que algumas “tecnologias” não são só demagogias... o efeito “camaleão” é uma realidade...

Prof. Cristina Filipe

domingo, 26 de novembro de 2006

A WEB: memória colectiva ou lixeira?

Nunca se escreveu tanto como hoje. Nunca se produziram tantos documentos como agora! Na grande teia proliferam milhões e milhões de textos. Imagem, som, vídeo! Novos conceitos, novas visões, novas teorias emergem sobre o presente e o futuro da WEB.

Parece-nos, de acordo com vários investigadores (loucos?), que a WEB tal como a vimos surgir paulatinamente pela mão de Tim Berners-Lee tem os seus dias contados… À medida que foi proliferando o número de utilizadores de computadores e de ligações à Internet, exponencialmente também se multiplicaram as páginas WEB.

Ora, a escrita, de facto, desenvolveu-se fortemente. Alguns, afirmam que a Internet se tornou uma lixeira; outros, porém, defendem que estamos perante um fenómeno que nos lança para uma nova direcção, um novo caminho…

O ‘Blogging’ modificou em profundidade o conceito da WEB. Todos contribuem com ideias; cada um diz o que pensa! E, naturalmente, constroem-se pontos de interesse, temas comuns representados de múltiplas formas, seja pela imagem, pelo texto, pelo vídeo, pelos som…
Procurar informação, boa (ou má!), começa a tornar-se uma tarefa hercúlea que nos faz perder tempo. Mas eis que surgem novas teorias ou tendências ou termos: “consciência artificial”; “criação social em rede”; “inteligência colectiva”; “WEB 2.0″; “WEB 3.0″; “Bookmarking”; “WEB semântica”… para tentar dar resposta a uma necessidade premente de (re)organizar a Internet.

É chegado o tempo de nos organizarmos no caos gerado. Para isso, as TAGS parecem uma solução democraticamente mais clara e mais objectiva para classificar tão abundante informação. Será?!

Entretanto, vamo-nos lobotomizando neste espaço colectivo, onde a simbiose, a dependência ou o vício coexistem! Que TAG se destacará?

"...estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0"


Roberto Carneiro, ex-Ministro da Educação, faz uma curta reflexão sobre a utilização das TIC nas escolas, numa entrevista ao EDUCARE.PT:

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E: Segundo a OCDE, a maioria das escolas portuguesas tem, em média, um computador por cada 10 alunos. Para além disso, quando as direcções das escolas são inquiridas sobre a importância das TIC, continuam a considerar que a falta delas "não é muito prejudicial" no ensino. Considera que existe desinteresse pelas TIC nas escolas portuguesas?
RC: A mera exibição de indicadores de acesso a equipamento informático diz-nos muito pouco sobre o seu uso efectivo. E, sobretudo, fica muito aquém de uma real compreensão do eventual impacto das TIC - que pode ser vasto e relevante - sobre a modificação dos modelos de relacionamento no seio das escolas e sobre a reformulação das práticas pedagógicas e gestionárias. Penso que, com algumas excepções (poucas), as TIC não se entrelaçaram com visões transformadoras do todo escolar e, muito menos, com estratégias de renovação pela base das pirâmides educacionais. Por isso, mais do que "mero desinteresse" o facto desolador é que as TIC têm sido encaradas essencialmente como segmentos isolados da vida curricular e, no demais, como ferramentas muito úteis para descarregar informação e "objectos do conhecimento codificado" na direcção professor-aluno. Para utilizar uma analogia inspirada em metáfora do mundo da nova Internet estamos ainda distantes da revolução Educação 2.0 em que as TIC sejam o propulsor de comunidades de aprendizagem efectiva e de uma nova ética do esforço e da disciplina de escola susceptível de ultrapassar o laxismo de uma educação sem chama nem dedicação.
Leia a entrevista na íntegra aqui
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A metafóra apresentada sobre o mundo da nova Internet remete para a segunda geração da Internet, a WEB 2.0. Dentro deste conceito, vários são os serviços e as tecnologias em expansão que convergem para uma maior colaboração e interactividade entre os utilizadores.
No meu ponto de vista, faz todo o sentido que os professores conheçam e adoptem, em profundidade, estas tecnologias com os seus alunos.
Assim, proponho que os docentes façam uma pesquisa em torno de ferramentas e conceitos da WEB 2.0, tais como:
  • sindicância (ex. feeds de RSS)
  • agregação ou mashup (Netvibes, etc...)
  • social bookmarking
  • TAGS
  • blogues
  • wikis
  • folksonomia
  • (...)
Para ajudar nesta procura, destaco três sítios: aqui, aqui e aqui

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Uma experiência gratificante… em final de carreira

Caro amigo Pinho,

não tenho palavras para descrever simultâneos e paradoxais sentimentos neste momento: a alegria e a tristeza. Sinto a felicidade de ter conhecido e privado de perto com a pessoa e o profissional que é o Manuel Pinho. Sinto a mágoa de ver o afastamento daquele que luta e se mantém actualizado; daquele que vive para e pelo Ensino; daquele que acarinhou e fomentou o Projecto Interact na escola e na comunidade a que há muito pertence. O meu agradecimento pela mensagem e conselho que nos dá...
Deixo-lhe a minha sincera homenagem com um poema do poeta e amigo Eugénio de Andrade:

Os Amigos

Os amigos amei
despido de ternura fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria -
por mais amarga.



Ao cessar funções, por motivo de aposentação, como Professor e Coordenador da EB1 de Praça, Macieira de Cambra, quero agradecer ao colega [José Paulo Santoas] toda a disponibilidade e empenho que demonstrou junto de todo o corpo docente desta Escola para que o Projecto Interact fosse uma realidade e um grade factor de sucesso escolar na nossa comunidade.
Brevemente serei substituído e, para que o Projecto não esmoreça (o que seria uma imensa perda e uma imensa pena), peço que apoiem e incentivem, até ao limite, o meu sucessor ou sucessora. É que acredito que uma boa parte do futuro das nossas Escolas está nos Quadros Interactivos.
Com votos dos maiores sucessos em todo o Projecto, despeço-me com um até sempre.
Pinho
Nota: Anexo um pequeno texto que, se o Professor José Paulo entender, poderá publicar no Blog.


Uma experiência gratificante… em final de carreira

Aderi ao Projecto Interact a um ano do fim da minha carreira. A princípio com alguma desconfiança que se desvaneceu logo que comecei a explorar as potencialidades desta maravilhosa ferramenta que são os Quadros Interactivos. Na sala de aula, o entusiasmo cresceu, as aulas começaram a ser diferentes, a concentração dos alunos atingiu picos nunca vistos, o sucesso educativo começou a reforçar-se.

De facto, é um privilégio para um Professor ou Professora dispor, na sua sala de aula, de um Quadro Interactivo. Depois… a preparação das aulas arrasta consigo tal magia que nos esquecemos do relógio, da noite, do descanso. Mas no fim, ao vermos o produto do nosso trabalho e o impacto que causou na turma, tudo esquece.

Por outro lado, sentirmos a alegria dos Encarregados de Educação, quando se referem a entusiásticos comentários dos seus filhos, como, por exemplo: “mamã, amanhã é o dia de eu ir ao quadro”. E essa alegria é de tal forma contagiante que, casos há, em que os pais decidiram investir nestas ferramentas.

Um ano passou, a minha carreira terminou. No entanto, fico com a satisfação de ter realizado uma experiência profissional inovadora e gratificante. Por isso, deixo aqui um apelo a todos os colegas: nunca é tarde para aprender e para investir no futuro.

Manuel Augusto Ferreira de Pinho

domingo, 5 de novembro de 2006

Projecto Novas Tecnologias(tudio)

Para que a Escola possa proporcionar aos seus alunos uma formação que responda afirmativamente às novas solicitações da "Sociedade de Informação", é imperioso, mais do que nunca, apostar numa mudança das práticas pedagógicas. Tal mudança passará necessariamente pelo progressivo envolvimento das ditas “ferramentas digitais”, comummente conhecidas por Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), no processo de ensino/aprendizagem.
Atenta ao presente mas com os olhos colocados bem no futuro, a Escola E. B. 2, 3 de Vale de Cambra tem, de alguns anos a esta parte, investido de forma consciente e decidida na candidatura a projectos que promovam, junto de alunos e professores, o gosto pela escrita, leitura e pesquisa digital. No presente ano lectivo, como não poderia deixar de ser, a aposta do Projecto Educativo do Agrupamento Vertical de Escolas do Búzio no digital mantém-se com a implementação do Projecto Novas Tecnologias.
Uma das vertentes deste projecto é a formação de alunos utilizando os computadores portáteis (catorze ao todo), Internet sem fios e Software específico para os Quadros Brancos Interactivos ACTIVboard. Assim, a escola disponibiliza três tempos lectivos semanais (segundas, terças e quintas-feiras, das 12.00 às 12.45 horas) para que os alunos, sob a orientação de um professor, possam:
· Desenvolver competências básicas de informática integrando as TIC na sua vida escolar;
· Produzir conteúdos educativos interdisciplinares, normalmente em ACTIVstudio Professional Edition, que possam ser rentabilizados, numa nova dinamização pedagógica;
· Desenvolver a capacidade de aprender de forma autónoma, utilizando os materiais didácticos disponíveis numa plataforma de aprendizagem on-line e/ou no Portal do Agrupamento;
· Desenvolver a competência de pesquisa, organização e reutilização da informação disponibilizada na Internet;
· Desenvolver um espírito de partilha e de comunidade em ambientes virtuais.
Deste modo, ao associar a tecnologia portátil à tecnologia ACTIV da Promethean, a escola promove conscientemente a autonomia na aprendizagem, pois o aluno não só aprende a fazer, apropriando-se do “know-how” proporcionado pelas novas ferramentas tecnológicas, como também constrói o seu próprio saber…
Mário Silva
PQND da E. B. 2, 3 de Vale de Cambra

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Criança... um potencial em acção!

Ao criarmos o projecto "Interact - quadros interactivos na sala de aula", não só estaríamos a criar uma grande oportunidade a vários professores de desenvolverem projectos com auxílio das tecnologias nas várias disciplinas, como poderíamos desenvolver o gosto pelo "ir mais longe" na utilização de novas metodologias de aprendizagem.
Ora, muitos têm sido, desde o início da sua implementação, os testemunhos positivos dos alunos e dos professores. Situações de aprendizagem complexas para os alunos tornaram-se mais claras e simplificadas com o auxílio dos conteúdos originais interactivos criados pelos professores!
No vídeo abaixo (44 segundos), precedido de um texto da educadora desta criança, poderemos observar uma situação que nos deixa a pensar profundamente sobre as capacidades das crianças em tenra idade... Que estratégias, metodologias desenvolver e aplicar para estimular a criatividade dos nossos alunos?

"... é inquestionável que a abordagem de ensino deve fornecer aos aprendentes
experiências de aprendizagem concretas e contextualmente significativas
que incentivem a construção dos seus próprios modelos, conceitos, estratégias."

Moreira & Pedro (2006)
DidaktosOnline: Teoria da Flexibilidade Cognitiva e Ensino Baseado em Casos, Universidade de Aveiro


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"O contacto e a manipulação de materiais diversificados expõem a criança a determinados desafios em que ela age com espontaneidade.

De facto, digno de registo tornou-se uma criança de tenra idade, quando ocasionalmente lhe deram para as mãos uma pen ("caneta”) e a expuseram perante um quadro interactivo. É de salientar que essa criança está inserida num grupo de crianças de faixas etárias diferentes (3, 4, 5 anos). Três dessas crianças, de 4 anos de idade, no ano anterior, tinham participado no Projecto Interact e, como tal, proporcionaram aos amigos uma “apresentação à sua maneira”.

Depois das informações dadas, eis que surge a fase experimental onde crianças ”curiosas” individualmente iriam revelar as suas potenciais aptidões.

Perante o que até ali era impensável, eis que uma criança de três anos, aparentemente confiante, regista a sua figura humana ao mesmo tempo que faz questão de descrever oralmente o que faz, numa linguagem pouco acessível.

É sem dúvida uma lição de vida profissional…

uma criança é, sem dúvida, um potencial em acção.

A Educadora de Infância
Maria Fernanda Alves
Jardim de Infância de Macinhata (Vale de Cambra)
Ano lectivo 2006/07





segunda-feira, 2 de outubro de 2006

“Tempo de investimento…tempo de crescimento…”

Como Educadora de Infância utilizadora do Q.I., no Jardim de Infância da Praça, quero agradecer à APEECEP, o modo como sentiu a importância deste equipamento, ou seja, a sua importância na promoção de uma educação mais completa, ao abrir novas janelas para a aquisição por parte da criança de um conhecimento mais alargado e mais criativo. Também para mim, como profissional da educação, muito mudou na minha postura face às novas tecnologias. A Educação Pré-escolar é o único nível de educação que não usufrui de computador no seu ambiente de trabalho. Torna-se assim mais difícil para a Educadora aceder a uma prática assídua e deste modo potenciadora de maior conhecimento da sua utilização e potencialidades.
Para terminar, afirmo que o investimento feito a partir de Fevereiro de 2005, revelou-se um tempo de crescimento não só para as crianças, mas igualmente para mim como profissional. Vou ficar à espera de mais um Q.I. na segunda sala da Pré-primária…

Manuela Maia

Projecto Interact referenciado no eLearningEuropa.info

Um PORTAL acerca da utilização
das tecnologias de informação e comunicação
para melhorar a aprendizagem

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Escola–Comunidade: uma parceria interessante

O Centro Educativo da Praça, Macieira de Cambra decidiu, de há uns tempos a esta parte cortar relações com a rotina e apostar numa forma de estar inovadora e conducente a uma escola de excelência. Em algumas salas, quer da Escola, quer do Jardim de Infância, o velho quadro negro foi trocado por quadros brancos, não estáticos, mas com vida, onde o aluno não se limita a escrever, mas trabalha interactivamente os conteúdos apresentados.

Para que isto seja possível, é necessário que Professores e Educadores de Infância ultrapassem os seus limites, se esqueçam do relógio e vivam, até ao último momento, para um projecto que, de facto, me parece a grande aposta do futuro. Construir aulas atractivas, à justa medida dos alunos da turma, motivando-os para aprender, para a construção dos seus próprios conhecimentos, para o prazer de estar na escola (há dias diziam-me os meus alunos: - “Professor, não queremos ir ao recreio, queremos ficar aqui no quadro!”) é, na realidade, caminhar para um ensino de excelência.

Mas a excelência não está só na tecnologia, mas também na abertura da Escola à Comunidade. E isso vê-se no nosso Centro Educativo. É com a Associação de Pais e Encarregados de Educação (legítimos representantes da Comunidade) que construímos o nosso projecto. É apresentando-lhes as nossas ideias, discutindo e aceitando as deles, que se gera uma envolvência e uma dinâmica com efeito de bola de neve. E isto vê-se no entusiasmo que a Associação de Pais põe na organização do Arraial Convívio, da tômbola e de tantas outras iniciativas. Os fundos angariados são postos ao serviço da Escola, não para gastos superficiais ou supérfluos, mas para apostar na inovação – muito recentemente a Associação de Pais apostou na compra de mais um quadro interactivo.

Na sociedade actual, a Comunidade Educativa tem que procurar ser mais activa, interveniente, dialogante, construtiva. Os Pais não podem estar contra a Escola, mas com ela. E isto sente-se na Escola do Primeiro Ciclo da Praça – Macieira de Cambra. Depois, gera-se uma onda que envolve no processo educativo a Autarquia, as Associações e outras entidades.

O resultado começa a aparecer…

O futuro fará história.

M. Pinho

Coordenador da Escola E.B.1 da Praça

Macieira de Cambra – Vale de Cambra

Escola INTERACT

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

A colaboração dos pais é fundamental no Interact


A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Educativo da Praça registou com muito agrado neste site, no passado mês de Junho, a instalação de dois quadros interactivos na nossa escola, um numa sala de aula do 1º ciclo e outro no Jardim de Infância, e, atendendo ao excelente acolhimento que os mesmos mereceram por parte dos alunos, professores e educadoras, comprometeu-se a desenvolver esforços no sentido de aumentar o número deste tipo de equipamentos.

Após três meses, é com satisfação que podemos informar que já foi formalizada a encomenda de um novo quadro interactivo e que a nossa escola tem professores que aguardam a sua instalação com ansiedade.

Em qualquer área de trabalho, muito dificilmente se conseguem bons resultados individualmente, e só o envolvimento e colaboração de todos os grupos com ela relacionados garante a evolução positiva. Neste caso, de nada valeria o esforço desenvolvido pela Associação de Pais na angariação de fundos e aquisição de novos quadros interactivos, se não pudéssemos contar com a grande disponibilidade e dedicação dos professores e educadoras, que ocupam muitas horas do seu tempo a preparar as apresentações electrónicas das aulas, que tanto motivam e encantam os nossos filhos (uma pequena nota para referir que foram vários os pais de alunos do Jardim de Infância que, no último período de aulas do ano lectivo transacto, nos deram conta que os seus filhos ficavam tristes nos dias em que o acesso ao quadro interactivo era concedido aos seus colegas, o que comprova a atracção que o mesmo exerce sobre as crianças).

A Associação de Pais deixa aqui o seu sentido reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos professores, educadoras, Agrupamento Vertical de Escolas do Búzio e Centro de Formação de Entre Paiva e Caima, e mantém o compromisso de continuar a colaborar activamente no desenvolvimento da nossa escola. Por fim, um agradecimento especial dirigido a todos os pais, familiares e amigos dos alunos da Escola da Praça, pois são a “origem” dos fundos que conseguimos recolher.


Associação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Educativo da Praça (APEECEP)

Jardim de Infância e EB1 da Praça – Macieira de Cambra

Agrupamento Vertical de Escolas do Búzio – Vale de Cambra

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

K.O. aos quadros negros

Um novo sistema de quadro interactivo está a revolucionar o ensino nas escolas de Vale de Cambra, Arouca e Castelo de Paiva. No lugar do tradicional quadro negro, um outro abre caminho, concretizando praticamente qualquer ideal e libertando a criatividade do professor.


Desde Fevereiro deste ano, 21 escolas, do pré-escolar ao secundário, da área geográfica do Centro de Formação do Entre Paiva e Caima têm ao seu dispor um conjunto de ferramentas para dinamizar a aula. Um computador, um quadro branco interactivo onde projectar a imagem do monitor, um projector e uma caneta a ocupar o lugar do rato são os elementos essenciais. O resto é com o software – há dois disponíveis, dependendo do grau de ensino – e com o uso que o professor lhe quiser dar. As possibilidades são infinitas. O programa reúne, se não tudo, grande parte das características dos conhecidos aplicativos de texto e imagem, mas aqui ao serviço da docência. É possível escrever com vários tipos de letra, tamanho ou cor, auxiliar-se de imagens – disponíveis na biblioteca do software ou adicionadas pelo utilizador -, trabalhar sobre vários tipos de grelhas – linhas, quadriculada, lisa ou mesmo pautas musicais -, etc. Todas as tarefas executadas naquele quadro são guardadas. A criatividade de cada um dita as regras num jogo em que as estratégias podem ser às centenas. O sistema faz-se ainda acompanhar de uma ferramenta, o ACTIVslate, que não é mais que um pequeno quadro onde o professor ou o aluno faz exactamente o mesmo, mas à distância. Desta forma, o docente pode circular pela sala e o aluno pode “ir ao quadro” sem sair da cadeira. Também sem se moverem do lugar, todos os alunos – e não só alguns, como é hábito – podem responder às perguntas do professor. Basta ser uma pergunta de resposta sim/não, verdadeiro/falso, ou escolha múltipla. Através do ACTIVote (na foto), um pequeno aparelho do tamanho de um punho fechado, cada aluno pode votar na resposta que julgar ser a correcta. O software converte as respostas dadas para percentagens e apresenta-as num gráfico ou mesmo em folha de Excel. Numa turma de 30 alunos, onde é difícil saber quem sabe e quem não sabe, este extra acaba por ser uma ajuda à avaliação do docente, uma vez que grava as respostas individuais de cada aluno. Até aquele aluno que nunca fala nem levanta o braço pode dar o seu contributo.
O ACTIVote tem-se revelado tão eficaz, que a Escola Secundária de Vale de Cambra, onde está instalado o Centro de Formação Entre Paiva e Caima, tem usado o sistema na sua própria avaliação interna junto de professores e demais funcionários.


Sucesso do equipamento depende do docente

Para além de uma concentração redobrada, José Paulo Santos garante melhores resultados. “Os miúdos hoje funcionam muito através do visual, da imagem. Ora isto com o quadro negro é impossível e não há dinamismo. Com o quadro interactivo há cor e movimento!”, explica o professor, realçando a capacidade que a nova ferramenta tem de guardar tudo o que nela é exposta.
No entanto, engana-se o professor que pensa fazer milagres apenas com o quadro, adverte o coordenador do projecto. O primeiro passo é inovar a metodologia de ensino, o que, de acordo com José Paulo Santos, “para muitos, é difícil”. É suposto que o docente passe a ser um monitor na sala de aula, mas sem deixar que o quadro assuma o protagonismo.
O quadro interactivo não está alheio ao risco de perda de popularidade. Depois de um a dois anos, a novidade já não é assim tão nova e cabe ao professor impedir que isso aconteça. “O docente tem de continuar a mudar o seu estilo, a diversificar actividades”, recomenda José Paulo Santos, desaconselhando o uso frequente do quadro, sob o risco de professor e aluno ficarem dependentes do instrumento e o primeiro perder a criatividade. Além disso, a luminosidade do quadro interactivo pode prejudicar a visão de ambos.


O projecto, intitulado Interact, está em prática desde Fevereiro de 2005. Antes disso, o coordenador e grande impulsionador do Interact, o professor José Paulo Santos, tentou candidatar o projecto ao programa europeu Sócrates/Minerva. A candidatura abrangia não só escolas portuguesas como europeias. O chumbo de Bruxelas levou José Paulo Santos a recorrer a empresas para estabelecer parcerias que lhe financiassem o equipamento. A empresa inglesa Promethean forneceu os 25 quadros interactivos e a Sanyo os 25 Activslate, 25 Activtablet, 10 conjuntos Activote e 15 projectores. Os custos ultrapassaram os 100 mil euros.
(...)

in jornal ALERTA!
Anabela Carvalho

24-9-2006, a!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

O espectáculo vai começar!

O ano lectivo 2006-2007 está aí! As escolas reabriram as portas (que nunca fecharam!) à chegada dos seus professores. É tempo, agora, de organizar o novo ano de trabalho, planificando as aulas de acordo com os programas de cada disciplina.

Se alguns professores mostram satisfação pela sua colocação, muitos outros denotam já frustração, tristeza e desilusão, pois foram “atirados” para escolas distantes de casa, longe da família, obrigando-os a um esforço físico e psicológico diário que deixa pouca margem à simples alegria de tirar o máximo partido desta magnífica profissão de PROFESSOR!

A todos estes colegas, deixo aqui a minha homenagem e o meu profundo respeito pela coragem, pelo empenho e pela dedicação a esta “missão”, apesar de todas as dificuldades e incompreensões…

O Projecto Interact, também ele, aproveitou o sol para regressar mais vivo e determinado.

Para satisfação do Centro de Formação de Entre Paiva e Caima, a maior parte dos professores vão manter-se ligados ao projecto nas várias escolas. Contudo, alguns, compulsivamente ou não, abandonam para tristeza nossa e deles, como se pode comprovar através desta mensagem:

Olá. É com tristeza que escrevo este email. A tristeza de ser contratada e ver-me obrigada a ser afastada, ano após ano, das escolas por onde tenho passado. Participei no projecto, que nos envolveu a todos, com enorme prazer. Para mim, foi fascinante descobrir as potencialidades do programa, em conjunto com as crianças. Agradeço todas as preocupações que tiveram comigo e, sobretudo, terem permitido que eu mostrasse o meu interesse. Neste momento, resta-me esperar que a minha colocação seja num agrupamento envolvido no projecto. Ou que surja dentro do grupo do projecto Interact um espaço para eu continuar a aprender convosco. Bom ano de trabalho. Podem contar sempre comigo. Educadora Isabel Maia

Aos colegas Isabel Maia, Glória Regina e Francisco Madureira, entre outros, os nossos mais sinceros agradecimentos pelo trabalho que desenvolveram, cumprindo largamente os objectivos do Interact. O vosso contributo foi grandioso! O nosso reconhecimento é enorme!

Como nem tudo são tristezas, para o relançamento do projecto Interact, proponho a leitura de um texto da autoria da colega Inês Conceição cuja narrativa nos tem habituado ao encanto:


O espectáculo vai começar!...

Muito se tem falado da Educação em Portugal, sobre a classe docente, à qual pertenço, por vezes, usando-se um discurso um tanto ou quanto agressivo, criando um mal-estar entre nós, profissionais de educação.

Para acalmar este desconforto, desvio o meu pensamento para o meu segundo sonho profissional – fazer teatro…mas, imediatamente recordo as palavras do actor Raul Solnado, ditas numa entrevista televisiva, faz já algum tempo:

«…os professores! Esses sim… são actores verdadeiramente espectaculares. Enquanto que eu tenho de representar a mesma peça para públicos diferentes, cada dia… eles têm, diariamente, a plateia cheia, sempre com o mesmo público, para o qual têm de representar de maneira diferente e assim continuarem a ter “ casa cheia”…».

Afinal, como professora/actriz consigo ser verdadeiramente espectacular!...

O teatro, como a sala de aula, é um espaço mágico, mesmo estando vazio… o mais complicado é manter essa magia quando as portas abrem e as salas se enchem!

Convido-vos a virem ao “teatro”…e assistirem ao ensaio do “professor/actor”.

As célebres pancadas de Molière já se fazem ouvir e em breve abrem-se as cortinas e …o espectáculo vai começar!...

Os cartazes anunciam que vão ser várias as salas, fruto de um intitulado “choque tecnológico”, a fazerem magia tendo como suporte técnico, ferramentas de todos os tipos: mais verbas, mais computadores, mais banda larga, …Quadros Brancos Interactivos… (Ah! Que fascínio!) …

O QBI (Quadro Branco Interactivo) é um novo “cenário” sobre o qual, os olhos inquietos e descobridores, dos espectadores, focam a sua atenção!...

Sobre os QBI apontam-se as luzes dos holofotes para melhor se visualizar a cor, o dinamismo, o entusiasmo, a motivação, …a felicidade que eles trouxeram às salas.

Se é verdade que os QBI são úteis e um fascínio é preciso reconhecer que eles não se podem tornar o aspecto central das salas de aula. A primeira e indispensável qualidade de uma boa aula reside na qualidade do professor que aí dinamiza boas práticas. O teatro não se faz só com cenários, há mesmo excelentes representações sem cenários. Por isso, é no palco, naquele espaço que medeia a plateia e o cenário, que o actor/professor representa e faz com que, dia após dia, aconteça magia, tenha”casa cheia” e a peça seja um sucesso.

Os bons professores sabem o que se deve fazer e esforçam-se por fazê-lo.

Vislumbram-se grandes reformulações e reconversões pedagógicas!...Será que o ensino precisa assim tanto delas?!...

O mais importante será partilharmos o que de tão bom já se faz, reflectir e consolidar metodologias provadas, adoptando-se as mudanças para o que a experiência/prática já deu provas de funcionar.

Os QBI podem ser a lufada de ar fresco, que atravessa o palco e chega ao público levando consigo a frescura e leveza do conhecimento. Podem ser aproveitados como uma ferramenta proporcionando algumas mudanças/adaptações metodológicas e dando uma maior consistência a estratégias inovadoras. Por experiência própria, considero que essas mudanças devem ser graduais, testadas e avaliadas.

É com esta visão, através do espírito de partilha, trabalho, esforço desmesurado, persistência e dedicação do nosso coordenador, José Paulo Santos, que o Projecto Interact tem programado e criado espaços de partilha e reflexão:

Para terminar este ensaio do “professor/actor”, anuncio:

“O espectáculo vai começar…” e a 2ª digressão de QBI na sala de aula vai iniciar…

Chegou a hora de compartilhar meditações e começar a ler os guiões… mas, guiões que tragam às nossas salas representações espectaculares e se o público nos levar a afastar do guião, o improviso é a solução!... O que interessa é que a magia aconteça espelhando felicidade quer do aluno quer do professor/actor.

Maria Inês Duarte Vieira da Conceição
Prof. do 1º Ciclo



sexta-feira, 28 de julho de 2006

QISA 2006 - Sessões Plenárias

No passado dia 14 de Julho, decorreu, no Centro Integrado de Formação de Professores da Universidade de Aveiro, o tão aguardado “Encontro de Reflexão sobre Quadros Interactivos na Sala de Aula”. Este Encontro, extremamente participado e que contou com a presença de Peter Lambert, da empresa Promethean, considerado o “pai” do aplicativo ACTIVstudio, contemplou também, para além das múltiplas sessões de trabalho paralelas, duas sessões plenárias.
Na primeira destas sessões plenárias, realizada da parte da manhã e marcando o início dos trabalhos, intervieram José Alberto Rafael (vice-reitor da Universidade de Aveiro), Lucília Maria Pessoa T. dos Santos (Presidente do Conselho de Gestão do CIFOP), Fernando Delgado (Projecto Ria.edu), José Paulo Santos (Coordenador do Projecto Interact), António Moreira, moderador (Centro de Competência Nónio da Universidade de Aveiro) e Guillaume Chatagnon (Business Development Manager Western Europe Promethean International).
Todos os oradores colocaram o enfoque do seu discurso no papel das novas tecnologias no contexto de ensino/aprendizagem, destacando aqui o extraordinário trabalho levado a cabo pela Promethean e pelo “inventor” e coordenador do Projecto Interact, José Paulo Santos. A este último coube a apresentação, de forma detalhada e sob a forma de metáfora prometheana, do “Interact em Voo de Ganso Balanço e Perspectivas”, bem como o anúncio público da recém-criada plataforma de ensino à distância do Centro de Formação de Entre Paiva e Caima, onde, em breve, todos os docentes interessados em obter formação em software para os Quadros Brancos Interactivos ACTIVboard da Promethean, se poderão registar.
Ao final da tarde decorreu a segunda sessão plenária, uma sessão dedicada ao debate e que contou com a participação do moderador António Moreira (Centro de Competência Nónio da Universidade de Aveiro) e dos “comentadores” António Pereira (Centro de Formação de Entre Paiva e Caima), Arsélio Martins (Escola Secundária José Estêvão), Maria João Loureiro e Isabel Cabrita (Didáctica e Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro).
Das suas intervenções e do debate que em torno delas se gerou, concluiu-se da inequívoca importância da utilização dos QBI na praxis educativa, não só por promoverem o sucesso e a motivação de alunos e professores, mas também por criarem, de forma “interactiva e colaborativa”, novos horizontes no campo da educação. No entanto, como foi frisado, a integração dos QBI, e das TIC em geral, no processo de ensino/aprendizagem deve ser feita de forma cuidada e equilibrada de modo a evitar-se o fantasma da “rotina tecnológica/pedagógica” que, inevitavelmente, conduzirá à desmotivação de docentes e discentes e ao “naufragar” de uma aprendizagem suportada pelas novas tecnologias.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Plataforma de eLearning oficialmente aberta



No passado dia 14 de Julho, na Universidade de Aveiro, durante a apresentação do "Projecto Interact em Voo de Ganso - balanço e perspectivas", pelo Prof. José Paulo Santos, Coordenador do Projecto, foi dada a conhecer esta plataforma de ensino à distância do Centro de Formação de Entre Paiva e Caima (CFEPC).
Neste momento, ainda se encontra em construção e para uso exlusivo dos professores envolvidos no Projecto Interact, a decorrer nas escolas dos concelhos de Castelo de Paiva, Arouca e Vale de Cambra.

Brevemente, anunciaremos a abertura desta plataforma a todos os professores interessados em registar-se e em seguir os vários níveis dos "cursos de formação" em software para os quadros interactivos ACTIVboard da Promethean.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

A nova motivação...

Após treze anos de serviço, iniciava uma fase de desmotivação, em que a rotina que antecedia a leccionação dos vários programas começava a instalar-se. Apesar de tentar mudar as estratégias, apercebia-me que os alunos, cada vez mais, detestavam ouvir falar em Literatura Portuguesa. De repente, fui confrontada com a possibilidade de frequentar uma Acção de Formação sobre novas tecnologias, “Quadros Interactivos” e, na esperança de começar a mudar estratégia, aceitei. A seguir, sem dar conta, fui “instalada” no Projecto Interact……agora, estou viciada…. Nunca esperei voltar a possuir esta vontade de preparar aulas, de dinamizar a sala de aula, procurar dia-a-dia inovar e, sobretudo, encontrar no espaço concreto de leccionação, aqueles rostos colados ao quadro, sem pestanejar, sem olharem para o relógio e a ficarem surpreendidos quando lhes digo “ meninos acabou a aula….amanhã há mais”. Fica a sensação, no terminus da aula, que os alunos até dispensavam o intervalo! O pior começa quando vou para casa: agora há que fazer novo flipchart, há que dar continuidade ao trabalho, há que levar para os alunos o que eles esperam! É nesta expectativa que os jovens ficam e, por vezes, no espaço Escola, nem sempre é possível termos acesso à sala onde está o maravilhoso Quadro e, aí, a reacção dos mesmos é indescritível, parece que “mostrámos um brinquedo fabuloso a um miúdo e a seguir não lho demos”.
Para exemplificar esta sensação, nada melhor que transcrever uns textos realizados por alguns alunos (12º ano, da Escola Secundária de Arouca), que se contagiaram pelo programa e realizaram os seus próprios flipcharts para apresentar aos colegas, sendo eles os dinamizadores da aula.
Sandra Ferreira
Professora na Escola Secundária de Arouca

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“Só passado algum tempo nos apercebemos da dimensão e de quão importantes são os quadros interactivos para o nosso desenvolvimento, por razões muito simples, mas muito importantes:



Tornam a aprendizagem mais simples;
Captam muito mais a atenção;
Motivam de forma extraordinária o aluno e o professor, na medida em que ambos tendem a mostrar o que são capazes de fazer.

Foi, sem dúvida, um privilégio participar no Projecto Interact e poder desenvolver o meu próprio flipchart.”

Lara Marli Saavedra F. Silva, 12ºB
Escola Secundária de Arouca

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“Pessoalmente, o facto de se recorrer a tecnologias de ponta (quadros interactivos) para melhorar o ensino, possibilita aos alunos um maior interesse e maior facilidade de aquisição de conteúdos teórico-práticos. Pelas oportunidades que tive em contactar com os quadros interactivos, na disciplina de Português B, penso que a aprendizagem é deveras facilitada recorrendo a esta tecnologia. Por um lado, proporciona uma maior dinamização do processo de aprendizagem, pois torna-s
e possível recorrer a uma multiplicidade de alternativas que tornam o aluno não num sujeito passivo, mas sim, num sujeito activo no processo de aprendizagem. Exemplo disso foi a oportunidade que tive de contactar com sistemas de voto em respostas de escolha múltipla, com exercícios de organização lógica de conceitos, recorrendo a esquemas, ao preenchimento de frases por completar, à ordenação de conceitos, ao estabelecimento de correspondência entre conceitos, aliado à facilidade de aceder às soluções dos exercícios em tempo real. Penso que o software informático utilizado (ACTIVstudio) permite a concretização de todas as potencialidades desta tecnologia, em que tudo pode ser alterado e corrigido de forma reversível, imediata e prática.
Por outro lado, a meu ver, a utilização de quadros interactivos em comparação com os quadros convencionais, apresenta um conjunto de vantagens, que advém do facto do aluno ou professor poder preparar uma aula, com antecedência, sem haver a necessidade de registar todas as informações relevantes num quadro convencional a giz. Tudo isso permite a economia de tempo, pois cada aluno pode aceder a toda informação administrada numa aula, recorrendo simplesmente a um ficheiro de apresentação, dispensando os apontamento
s da informação que se encontra nesta mesma apresentação. Assim, um aluno pode, com toda a comodidade, no seu computador aceder novamente a uma apresentação utilizada nos quadros interactivos, e recordar ou praticar novamente os exercícios realizados, o que lhe proporciona um maior aproveitamento escolar. Penso que os quadros interactivos permitem assim, de uma forma optimizada, utilizar e manipular recursos audiovisuais que actualmente são meios valorizados pela sociedade na transmissão de informação, proporcionando ao aluno maior interesse, maior concentração e maior motivação para aprender…Terão sido esses os efeitos que senti face à utilização de quadros interactivos nas aulas de Português B. Portanto, é de louvar a difusão desses projectos nas diversas escolas, porque torna a tarefa de ensinar mais cómoda para o professor e a tarefa de aprender mais fácil para o aluno, o que certamente conduzirá a percursos profissionais mais qualificados e à aquisição de aptidões de uma forma muito mais rápida.
Queria, para finalizar, propor que futuramente se implementasse neste tipo de tecnologia um s
istema que permitisse a realização das provas electrónicas de avaliação. Actualmente só é possível recorrer à realização de questões de escolha múltipla recorrendo ao sistema de ACTIVote, mas acho que se se desenvolvesse um dispositivo electrónico de escrita poder-se-ia realizar uma prova semelhante às provas escritas actualmente realizadas, só que nesse caso seria em interface informático. Isto traria vantagens ao nível da rapidez de correcção, facilitando a tarefa de avaliação e até na própria economização de papel.
Tenho a certeza que chegará o dia em que todos poderemos dispensar a caneta e o papel em prol da implementação de medidas e estratégias de ensino mais viáveis para o sucesso profissional dos jovens.”

Rui Alexandre do Prado Costa, 12ºB

Escola Secundária de Arouca

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“As novas tecnologias estão em voga, tão intensamente que, mesmo ao nível do ensino, se recorre cada vez mais à sua utilização. Foi o que aconteceu este ano com o Projecto Interact, cuja experiência foi para mim bastante enriquecedora e proveitosa, pois através da utilização dos quadros interactivos, nas aulas de Português B consegui, mais facilmente, assimilar as matérias propostas. É claro deu-me vantagens na aprendizagem de novas formas de compreensão dos conteúdos programáticos propostos. Através do fácil manejamento do programa ACTIVstudio, permitiu-me “saborear” as ideias de uma forma mais clara e menos “maçadora”, pois a dinâmica que ele dá nas apresentações, quase que podemos dizer tratar-se de um trabalho, feito e elaborado de uma forma quase de entretenimento.
Sem dúvida que as novas tecnologias podem, e muito, simplificar os nossos processos de conhecimento quer a nível pessoal, quer a nível de puro lazer.
Em suma, gostei!”


Paula Sofia Santos F. da Silva,12ºB
Escola Secundária de Arouca





sexta-feira, 7 de julho de 2006

Os Indiana Jones tecnológicos...

Noutros artigos anteriores (cf Abril e Maio), neste blog, nos referimos a um equipamento extremamente interessante que pode auxiliar o trabalho do professor na sala de aula, como instumento complementar dos quadros ACTIVboard: são os ACTIVote, aqueles dispositivos alaranjados com a forma de meio ovo, com seis teclas (de A a F) e um botão laranja no centro. Simples, útil e agradável de utilizar, qualquer pessoa, criança ou adulto, aprecia a sua utilização para o fim a que se destina: avaliar!

Embora se utilize predominante em sala de aula, as várias escolas já encontraram outras formas de aplicação destes dispositivos.

Eis, aqui, uma experiência diferente:


"É verdade...! A comunidade educativa de Vale de Cambra também já experimentou os quadros interactivos...! Foi no passado dia 8 de Junho, numa sessão de apresentação da Oferta Educativa organizada na Escola Secundária de Vale de Cambra, para a qual foram convidados representantes de entidades empregadoras da região.

Esta sessão terminou com uma avaliação da pertinência dos cursos apresentados e do seu impacto na comunidade educativa, avaliação essa que foi feita utilizando os quadros interactivos ACTIVboard.

Foi feito previamente um esclarecimento acerca das potencialidades deste equipamento e da sua utilização em contexto de sala de aula., bem como das suas vantagens para a prática lectiva.

Seguiu-se então a avaliação propriamente dita, com recurso à votação electrónica (ACTIVote).

Como seria de esperar, os presentes ficaram positivamente surpreendidos com a utilização desta nova tecnologia! Apesar das dificuldades (naturais!) sentidas por alguns, por se tratar efectivamente de um processo diferente, o entusiasmo foi generalizado e a reacção muito positiva.

Afinal não é só à sala de aula que este tipo de equipamento se pode aplicar... a sua versatilidade pode ir muito mais longe... coloquemos então os chapéus de “exploradores” e sejamos os “Indiana Jones” do plano tecnológico nas escolas!

Boas Férias a todos!

Cristina Filipe

Professora da Escola Secundária de Vale de Cambra
Elemento dinamizador do Projecto Interact na Escola

terça-feira, 27 de junho de 2006

Avaliação do Projecto Interact

O projecto Interact encontra-se a ser objecto de avaliação continuada da responsabilidade do Centro de Competência Nónio – Século XXI da Universidade de Aveiro, por observação directa da utilização de quadros interactivos em contexto de sala de aula, estando também em fase de implementação um conjunto de instrumentos (questionários, guiões de entrevistas e log-books) que permitirão aferir as mais-valias resultantes do processo de integração didáctica desta tecnologia em níveis diversificados de ensino, no sentido de se constituirem guiões de boas práticas a publicar oportunamente.

Concebido enquanto modelo de implantação pedo-didáctica de tecnologias numa região do país com carências histórica e geograficamente reconhecidas, o projecto Interact movimenta um conjunto de recursos humanos e materiais considerável, tendo nestes primeiros meses de desenvolvimento criado as condições necessárias de motivação por parte de todos os intervenientes no terreno - alunos, professores e entidades políticas e educativas locais. Ofereceu e continua a oferecer acções de formação nesta tecnologia, garantindo o conforto e desenvoltura necessárias à sua utilização regular por parte de todos os professores que aderiram ao projecto.

Brevemente, durante o mês de Julho, terá lugar na Universidade de Aveiro um primeiro encontro sobre Quadros Interactivos, evento que permitirá dar conta, num primeiro momento avaliativo, dos desenvolvimentos do projecto Interact, estando também previstas sessões de demonstração práctica da utilização desta tecnologia.

António Moreira

17 Maio de 06

sábado, 3 de junho de 2006

sexta-feira, 2 de junho de 2006

INTERACT projecto de futuro

É com bastante agrado que a Associação de Pais do Centro Educativo da Praça, vê o nosso Centro Educativo inserido no Project Interact.

Os quadros interactivos são uma ferramenta de complemento ao ensino bastante estimulante, atractiva e eficaz. A interactividade faz com que os alunos se sintam mais predispostos para o processo de aprendizagem e mais desinibidos na sua participação nas aulas.

O acesso às novas tecnologias nas salas de aula parece-nos primordial, uma vez que podemos hoje renovar os processos de ensino e aprendizagem.

O sucesso deste projecto necessita do empenho dos professores, que, com este novo desafio, poderão desenvolver novas estratégias pedagógicas para proporcionarem aos alunos uma aprendizagem cada vez mais enriquecida.

E como este projecto é também uma aposta da Associação de Pais, estamos empenhados em dar continuidade ao mesmo e alargá-lo a todas as salas de aula.

Associação de Pais do Centro Educativo da Praça
Macieira de Cambra - Vale de Cambra


terça-feira, 30 de maio de 2006

Na sala de aula, sente-se um clima contagiante...

Foram poucas as vezes em que terei sentido nas escolas, ao longo destes 14 anos ao serviço da Educação, tanta euforia, tanto bem-estar, tanta alegria, tanta motivação e disponibilidade por parte dos professores como a que agora se verifica nas escolas onde se adoptou o quadro interactivo como ferramenta auxiliar para o processo de ensino e aprendizagem...
Da parte dos alunos, vemo-los empenhados, envolvidos, participativos e concentrados nas actividades! Na sala de aula, sente-se um clima contagiante...
Os textos que vão sendo publicados neste blog retratam essa atmosfera que nos dá vontade de ir ao encontro destes professores e alunos! E, quando lá estamos, nessas salas, queremos permanecer, porque a "aula de outrora" deu lugar à "aula do conhecimento, da partilha, da colaboração, do debate,...":
Leia-se o texto da Profesora Maria Inês Conceição, da Escola EB1 nº 2 de Castelo de Paiva:
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Deixemo-las voar…

"Diz o povo que, casa onde as andorinhas façam ninho, são casas com sorte!...

Nesta Primavera, ainda não vi tais construções na minha escola, se calhar por falta de tempo, pois tudo acontece à velocidade de um simples “clique”, ou por falta de observação…mas, que é uma escola de sorte, lá isso é. E, cá para mim, o ninho está mesmo na minha sala, em forma de Quadro Branco Interactivo (QBI).

Há três meses que o “ninho” lá está. Tempo suficiente para que a reprodução e o nascimento de uma nova dinâmica escolar se tenha dado. As professoras, da escola, vivem numa azáfama “voando” das suas salas para a minha, ora sozinhas, para observação das potencialidades do QBI e construção de flipcharts, ora com os alunos matando-lhes a fome, de saber.

O desgaste e cansaço sente-se no ar, mas também se sente o “chilrear” das crianças, o “bater de asas” e… os primeiros “voos”! … Espectáculo encantador!

Contemplemos esses primeiros voos.

As tentativas de voo realizadas pelos alunos acontecem num contexto em que o currículo é flexível e aberto, onde os conteúdos assumem a forma de «problemas a resolver» nascendo, assim, os projectos de estudo. O ambiente de aprendizagem aposta na cooperação, na motivação interna e em aprendizagens fortemente significativas.

Os projectos envolvem as crianças em actividades, jogos e tarefas, criando o gosto de aprender, a partir das coisas que lhes dizem respeito; nascem dos interesse manifestados, de um acontecimento, de uma novidade que lhes despertou interesse e para a qual procuram uma explicação ou mais informação, de um tema/conteúdo curricular, etc.

Os projectos são estratégias de trabalho e aprendizagem que exigem cooperação, autonomia e divulgação dos seus trabalhos.

Avancemos para esta última fase do projecto: a divulgação. Este é o momento da partilha, da sistematização de conhecimentos e também da avaliação. A necessidade de comunicar os resultados de um projecto dá sentido às aprendizagens e ajuda a estruturar o conhecimento.

As crianças apropriam-se de uma ferramenta de trabalho interactiva excelente para a divulgação, o QBI. Este é-lhes, hoje em dia, imprescindível durante todo o processo do projecto, através da recolha e organização da informação e formato da comunicação.

É nesta altura, através do QBI, que dão asas à sua imaginação e dão às asas, levantando voo, saindo do ninho e mostrando que já conseguem voar…

Têm sido momentos únicos!... Sentir o prazer dos alunos de comunicar partilhando, através do QBI, os conhecimentos adquiridos, agindo com um simples toque, no quadro, ao virar de página, a uma hiperligação Internet, a uma fotografia, a uma música… (nada que se compare ao tradicional e estático cartaz em cartolina) …sentir a motivação, a concentração com que os colegas assistem à comunicação… sentir o dinamismo existente na sala, com os apresentadores a chamarem ao QBI os colegas, questionando-os e testando os seus conhecimentos, numa atitude de interacção…e, no momento da avaliação/reflexão, os elogios não são poupados ao trabalho desenvolvido e ao flipchart apresentado.

Deixemos as nossas crianças voar, o tempo está propício para que saiam do ninho e voem… são tempos de autonomia, de responsabilização pessoal, de afirmação e independência. Mas também já é tempo de salientarmos as vantagens do QBI que consideramos darem consistência a estratégias inovadoras face às necessidades curriculares emergentes da sociedade pós-moderna em quem vivemos.

Afinal, a minha escola é uma escola com sorte…agora é só contemplar o voo das andorinhas!..."

Maria Inês Conceição

30/05/06

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Algumas fotos de uma actividade

Projecto: "Portugal"
Autores: três alunos do 4º ano.
Conteúdos desenvolvidos pelos próprios alunos.
As fotos retratam o momento da construção e da comunicação à turma.