Se não forem instalados quadros interactivos em todas as salas, devem existir critérios pré-definidos, de acordo com a realidade local, regional ou escolar:
- - por departamento ou grupos disciplinares; (pode-se atribuir, por exemplo, dois quadros aos professores de ciências e outros dois aos de línguas e literaturas)
- - pelos professores mais inovadores e capazes de liderar processos de mudança de práticas educativas;
- - por turmas com maior insucesso ou por escolas com maior taxa de abandono escolar;
- - por turmas com graus de exigência elevados que obrigam o professor a produzir e a introduzir conteúdos mais diferenciados e aprofundados;
- - aos Conselhos de Turma que considerem que os quadros podem modificar comportamentos e diminuir casos de indisciplina e/ou de insucesso de determinadas turmas;
- - às escolas (Conselhos Executivos) mais inovadoras e capazes de mobilizar os seus professores para a utilização generalizada dos quadros;
- - por inscrição voluntária dos professores;
- - por salas com ligação à rede e à Internet;
- - (...)
Seja qual for o critério, a escola deve fazer o melhor enquadramento desta tecnologia no seu projecto educativo, garantindo a sua implementação, supervisionando e avaliando o impacto desta ferramenta no processo de ensino e aprendizagem.
Os Centros de Formação de Professores e/ou Centros de Competência podem e devem ser ouvidos neste processo de decisão de aquisição e instalação de quadros, pois são entidades que deverão acompanhar a formação de professores, factor importante para o sucesso do projecto.
No que diz respeito aos Agrupamentos, deve-se contemplar as escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância, designando uma escola e um professor/educador de cada um destes níveis que poderá ser considerada para atribuição de um Quadro Interactivo.
Para esta designação, deve-se atender, cumulativamente, aos seguintes critérios:
a. garantia de segurança física das instalações e seguro de equipamento informático;
b. estabilidade profissional dos docentes; (para garantir continuidade do estudo e do projecto)
c. maior proximidade da escola em relação à sede de agrupamento; (de modo a que o coordenador possa deslocar-se às escolas para dar apoio e acompanhamento imediato aos educadores e professores do 1º ciclo e pré-escolar)
d. conhecimentos de informática na óptica do utilizador; (fundamental para garantir uma boa utilização do software e das tecnologias educativas: videoprojector, multimédia, etc.)
e. disponibilidade destes docentes para receber formação em quadros interactivos.
Quanto à reorganização da sala de aula [colaborativa]:
1º Ter em conta a incidência de luz do exterior contra o quadro; (as janelas têm cortinas? estores? persianas?...);
2º Os quadros negros devem ser retirados ou mudados de local, substituindo-os por quadros brancos (o pó do giz deve deixar de existir pois prejudicam os equipamentos);
3º A disposição das mesas/carteiras deve alterar-se (em pequenos grupos ou em U);
4º Haver armários com chave ou outro sistema de segurança para guardar equipamentos: comando do videoprojector; canetas; ACTIVote; ACTIVslate; ACTIVtablet; cabos e carregadores ou outros acessórios...
5º Colocar um estrado junto ao quadro, sobretudo nas faixas etárias mais baixas;
6º Manter o quadro resguardado com um pano ou cortina, quando o mesmo não está em funcionamento (evita a tentação de escrever ou riscar intencional ou inadvertidamente);
7º Elaborar um regulamento próprio para a utilização da sala e dos equipamentos;
8º Evitar deixar os alunos sozinhos na sala de aula sem a presença de um adulto;
9º Os alunos podem e devem manusear as ferramentas do quadro livremente para treinar e, também eles próprios, criarem conteúdos;
10º (...)
É aconselhável que exista na escola um professor (com bons conhecimentos de informática) responsável/coordenador pela dinamização de actividades com os quadros interactivos, dentro e fora da sala de aula; pelo acompanhamento e formação dos colegas; pelo incentivo e alargamento da utilização dos quadros interactivos.
No caso dos Agrupamentos de Escolas, as autarquias devem conhecer esta tecnologia e devem ser envolvidas nos projectos, nomeadamente no apoio técnico às escolas do pré-escolar e do 1º ciclo: garantir o funcionamento da ligação à Internet; prestar assistência técnica; fornecer software educativo interactivo; etc.
Por fim, é também de todo aconselhável que as escolas assinem acordos / protocolos de colaboração com a entidade promotora da iniciativa ou projecto. Estes acordos devem vincular e responsabilizar as entidades envolvidas, garantindo a boa utilização dos quadros e a produção assídua dos conteúdos interactivos para partilha em rede, em portais específicos ou na página da escola.
Estas questões são apenas um ponto de referência e de reflexão e não pretendem ser exaustivas.
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