domingo, 5 de março de 2006

Quadros interactivos: um LUXO? (Parte I)

Há algumas questões que devem ser colocadas, quando uma escola pensa em adquirir um quadro interactivo.

Em primeiro lugar, em vez de se gastar dinheiro de imediato (e não é pouco!), é necessário questionar o custo/benefício de um quadro interactivo para a escola, comparativamente à utilização de um videoprojector, um PC e uma simples tela pendurada na parede… A grande maioria dos professores, neste momento, obtém as mesmas funcionalidades, conjugando estes equipamentos! Deste modo, as escolas poderão comprar dois videoprojectores pelo preço de um quadro interactivo…

Deve-se considerar se o quadro interactivo é ou não uma necessidade actual. Se poupar no preço de um quadro, poderá equipar duas salas em vez de uma só!

Além disso, cada órgão de gestão tem de conhecer exactamente a utilização que é dada às TIC pelo seu corpo docente… Mediante um inquérito ou um simples questionário é fácil verificar a apetência dos professores pela aplicação das TIC em contexto de sala de aula.

Analisados os resultados, poderemos verificar que muitos docentes utilizariam os quadros interactivos como se fossem telas normais, enquanto outros aspirariam a uma mudança do processo de ensino e aprendizagem, em que o aluno assume um papel mais activo, participativo, criativo e colaborativo: escrevendo nele, arrastando objectos, figuras; acrescentando e retirando informação; sublinhando palavras; colorindo; participando na construção de esquemas, gráficos, sínteses, resumos; simulando experiências que, com um simples “clic”, podem ser guardadas, enviadas por email… Mais ainda: todos estes gestos podem ser vistos em simultâneo por toda a turma, debatidos, comentados e avaliados!

Se resumirmos a utilização do quadro interactivo a uma simples tela, mais do que um luxo, será um desperdício do investimento realizado…

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