quarta-feira, 17 de maio de 2006

Cooperação

A intervenção do dia 16 de Maio (a metáfora dos gansos) alude a algo muito importante num tipo de projecto como o dos quadros interactivos: a cooperação.

De facto, a meu ver, este tipo de projecto, terá maior probabilidade de sucesso junto de professores e alunos se existir uma comunidade de prática sólida e cooperativa. As vantagens e desvantagens deste tipo de ferramentas na sala de aulas já foi sendo analisada em diversas intervenções neste espaço. Destacam-se, essencialmente, por um lado, a motivação dos alunos por desempenharem um papel mais activo no processo de ensino-aprendizagem, a que não é alheia a interactividade, a motivação dos professores em poderem dinamizar as suas aulas fugindo aos moldes tradicionais, mas também a morosidade na preparação de actividades dinâmicas. É aqui, na minha opinião, que existe maior risco de desmotivação por parte dos professores, uma vez que, para preparar uma aula com algumas actividades interactivas, dispende-se, no mínimo, o dobro do tempo que se se demoraria em actividades tradicionais. É aqui que uma comunidade de prática verdadeiramente cooperativa poderá dar mais frutos. Se se instaurar um espírito de cooperação (que, na verdade já vai existindo) de troca e de concepção conjunta de materiais e exercícios, certamente que o tempo diminuirá consideravelmente. Além disso, permitirá uma troca construtiva de saberes e perspectivas de ensino.

As raízes de uma comunidade de prática colaborativa estão já lançadas, sendo este espaço uma prova de tal. No entanto, penso que se deverá partir para algo ainda mais concreto, como a constituição de grupos de trabalho específicos nas escolas, tendo a preocupação de existirem vários professores da mesma área disciplinar com os mesmos níveis de ensino. Se esse trabalho for apoiado por uma plataforma eficaz de ensino (LMS), de que o Moodle é um exemplo que começa a ser sobejamente (re)conhecido, o trabalho colaborativo à distância será mais eficaz e irá mais de encontro à realidade profissional dos professores, que nem sempre têm horários coincidentes. Outros instrumentos de apoio ao trabalho cooperativo podem ser apontados, e, a seu tempo, se voltará a este assunto.

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